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OS CÉUS

Comentário sobre a Lição de Escola Dominical, O Céu – o Destino do Cristão (21/4/24), LB 3/CPAD

Deve ser escrito com inicial maiúscula, pois diz respeito à Morada dos salvos, onde o SENHOR habita, Eternidade, o Paraíso.

Conforme a tradução do hebraico shamayim (céu) pode indicar “altura”. Ainda no hebraico é literalmente “teto”, procedente da raiz hebraica “raqa”, isto é, laminar.

Aos sumérios o céu atmosférico era descrito como “bronze”, em função dos reflexos de sua luminosidade. Daí procede o nosso dito: “Céu de bronze”, aberto em função da presença da luz solar.

Ja “ouranós” (hb) é mais específico e quer dizer (algo) “elevado”. Porém, todas podem indicar a mesma coisa, desde a morada divina (Is 63.15; Ap 3.12), ou ainda Atmosfera, e o Universo.

Na revelação do apóstolo Paulo, diz-se de sua estada no Terceiro Céu, o “lugar celestial”, o Paraíso (2Co 12.2).

Então conta-se debaixo para cima, a começar pelo

1- Céu Atmosférico – a Atmosfera da Terra -, tem altitude de até 100 quilômetros, conforme definida pela linha Kármán, nome dado em homenagem ao físico húngaro Theodore von Kármán.

2- Céu Universal, Cósmico, o Espaço Sideral, conhecido como Infinito. Quanto a sua distância da Terra, temos o exemplo da posição da Nebulosa de Orion. Localiza-se na região de formação estelar visível a olho nu, como uma pequena nebulosidade acima das Três Marias, na constelação de Orion. Está a 1500 anos-luz da Terra.

Bem, um ano-luz equivale a cerca de 9,46 trilhões de quilômetros. Para percorrê-lo até o final, o homem levaria 3 mil anos.

3- Céu Eterno, o Paraíso Celestial.

“E o SENHOR me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino Celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém!”, 2Tm 4.18 (grifos meus). É ainda o Céu dos céus, de onde o SENHOR descerá (1Ts 4.16), “Céus” (Fp 3.20); onde se deve acumular valores (tesouros espirituais) – Mt 6.19.

Professores, superintendes, coordenadores e demais liderança da Escola Dominical mostraram-se empolgados e atentos durante todo o curso. Mais de 100 inscritos ‘vestiram a camisa’, literalmente, durante a Qualificação de Professores da Escola Bíblica Dominical (Qualiped), realizado de de 12 a 14 de abril, nas dependências da igreja.

Durante os três dias, pastor Samuel Elias Goulart, presidente da Assembleia de Deus – Belém, em Taquaritinga-SP, também participou de forma ativa das ministrações. Este curso busca promover a atualização nos métodos bem como evidenciar o que ocorre atualmente dentro e fora da igreja.

É o meio de ‘subir a régua’, a melhorar o nível de ensino, sua abrangência e reais necessidades do ensinamento cristão, por meio dessa gigantesca sala de aula, a Escola Dominical, a maior escola cristã.

A realçar a atualidade, o tema foi bastante sugestivo, abrangente e não menos próprio: EBD até Jesus Voltar! Seu apelo ao compromisso perene, destacou a grande colheita por meio da pregação da Palavra aos que ainda não se converteram a Cristo.

“Cresçamos na Graça, firmes na Palavra. Tornemos-nos mais semelhantes a Cristo. Não nos deixemos seduzir por falsos ensinos e engano de mercenários, que se apresentam como mestres”, enfatizou pastor Samuel, ministro de Cristo com notabilidade na ortodoxia bíblica-cristã e ensino doutrinário.

Todo o impecável evento esteve sob a coordenação da professora Marlene Garcia e equipe de EBD. Os palestrantes-facilitadores foram Antônio Mesquita, ministro do Evangelho e jornalista (ADB/São Carlos-SP, e professora Gislaine Vieira (Catanduva-SP).

Foto dos participantes e do final do Qualiped

Foto-abaixo: Pastor Samuel com a esposa, professora Kézia; Antônio Mesquita, Karina e Marlene-Joel (coordenação)

Pastor Samuel, ao lado da coordenadora Marlene, entrega o Certificado de Participação para a professora Gislaine

No último dia, domingo pela manhã, almoço servido a todos, na nave do bonito templo, em conclusão
Pastor Samuel entrega o certificado ao colega Antônio Mesquita

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COMO ENTENDER OS CONFLITOS

Israel é o único país democrático do Oriente Médio. Suas estruturas sociais, condições socioeconômicas, infraestrutura e saneamento básico etc, podem ser comparados aos EUA.

Quase toda a sua extensão norte-sul é costeada pelo Mar Mediterrâneo, com exceção da fronteira com o Egito e, no Sul, sua fronteira termina no Mar Vermelho.

Tem ainda outros dois mares, o Mar Morto, o mais salgado do mundo, formado na maior depressão da Terra, a 400m abaixo do nível do mar. Está a leste de Israel, na divisa com a Jordânia, e tem 80km de extensão por 18km.

Tem 35% de sal, portanto é hipersalino, com quase 10 vezes mais sal que os demais mares. Sua água abriga 16 sais minerais, formados pelos macrominerais, como sódio, cálcio e magnésio; e os microminerais, como o ferro, o zinco e o iodo.

O outro mar, na verdade um grande lago mede 19 por 13 quilômetros. Localizado ao norte, seu nome mais adequado é Lago de Genesaré, pois é totalmente de água doce, proveniente do Rio Jordão. Figura como o grande e único reservatório de água do país.

DIMENSÕES DO PAÍS

Israel ocupa 22 mil km². Corresponde ao tamanho do Estado de Sergipe, o menor Estado brasileiro. Tem pouco mais de 9 milhões de habitantes, dentre eles cerca de 1.9 milhões árabes-israelenses.

Embora esteja em área ocupada desde a Antiguidade, a partir de 2000 anos antes de Cristo, foi reconhecido como Estado moderno em 1948, pelo voto Minerva do brasileiro, o gaúcho Osvaldo Aranha, então presidente da ONU.

Os hebreus aceitaram a área, atualmente formada por 60% de deserto, que passou a abrigar os 800 mil judeus. Na época, a partilha foi para os dois Estados, mas os árabes (palestinos) não aceitaram, inclusive nas propostas seguintes. Seus territórios seriam o da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

O REINÍCIO

Tudo começou com a diáspora imposta pelos romanos. Ela foi precedida pelo ataque a Jerusalém, com a destruição do Templo judaico no Monte Moriá, onde hoje estariam as duas Mesquitas islâmicas.

Restam do Templo, o segundo e construído por Herodes, o Muro das Lamentações, e sua parte mais alta, o Pináculo do Templo.

Mapa da região (CNN)
O Muro das Lamentações, ruínas da estrutura do antigo Templo dos judeus

Em 135dC ocorreu o início da diáspora, com a expulsão dos hebreus de Jerusalém, imposta pelo imperador Adriano.

Ele determinou ainda o não uso mais da definição da região como Judeia – nome regional pelo todo -, e impôs a denominação de plishtim, que em romano se refere aos filisteus e, depois, sua derivação palestina.

PALESTINOS SERIAM REALMENTE FILISTEUS?!

Ocorre que os filisteus, que não mais existiam como povos, habitaram em suas cinco cidades-reinos, a pentápolis confederada, mais ou menos na área onde hoje é Gaza (1Sm 6.16-17).

As cinco cidades-reinos dos filisteus

Sua identificação é ímpar, conforme decifram “fontes egípcias de Medinat Habu apresentam os filisteus de elevada estatura (…). Quanto à figura, são altos, de nariz alongado, raramente barbados, possivelmente indo-europeus, não semitas”.

“Quanto à veste, usam corseletes ou couraças estriadas com faixas, talvez de couro ou metal, cruzadas sobre o peito à maneira de costelas. Vestem saiote curto, tipo escocês, listado com largas bainhas e borlas” (2).

PALESTINOS OU ÁRABES?

Por outro lado, segundo historiadores, o “desfavor da tese da origem grega para os filisteus é que não há nenhum registro documentado de historiadores gregos ou de outras culturas da época que indiquem movimento expansionista naquele sentido na época dos filisteus”.

Até mesmo para o arqueologista Aren Maeir, os questionamentos incluem os dados sobre DNA quanto essa suposta presença e definição. Ao que tudo indica, incluindo a historicidade bíblica, os filisteus foram dissolvidos em meio ao multiculturalismo.

Portanto, os denominados palestinos fazem parte da miscigenação de várias origens, formadas majoritariamente por árabes, sírios, jordanianos, egípcios, e ainda do Sudão.

Mapa da Judeia, que compreendia todo Israel

Desde a destruição de Jerusalém e do Templo dos judeus pelos romanos, no ano 70dC, houve vários domínios na então Judeia, Província do Império Romano – Iudaea -, a partir de 6aC.

Em 637dC, pouco depois de Maomé estabelecer os muçulmanos (612), foi invadida pelos árabes sarracenos, sob a liderança de Omar, o califa.

Em 1099, os Cruzados conquistam a cidade, que passou a ser administrada pelo papado católico romano.

Em 1244, Saladino volta a conquistar Jerusalém, o que já havia ocorrido em 1197. Porém, de 1260 até 1517, Jerusalém foi dominada pelos mamelucos (turcos), seguida pelos otomanos, um império formado por tribos turcas, que difundiam a religião muçulmana (islã), até os ingleses de 1917 a 1947.

ACIRRAMENTO DA INTRIGA

O estopim foi lançado pelo jornalista judeu-húngaro, Theodor Herzl. Ele passou a discutir a questão de um lar aos judeus. Nasceu então o Movimento Sionista (da volta a Israel), pela criação de um Estado. O calor aumentou com o 1o Congresso Sionista, em 1897.

Financiados por judeus ricos no mundo, os hebreus já haviam comprado terras na região, e quando os árabes perceberam já era tarde.

Essa movimentação aqueceu ainda mais a situação quando, em 1917, recebeu a promessa britânica da criação de um Estado judeu.

Os árabes da região reagiram e próximo a 1930, passaram a lutar contra a criação do Estado judaico.

Por volta de 1930, o árabe radical, Hajj Amin al-Husaini, liderou um levante. Na mesma época, a população judaica havia saltado de 18% para 27%, em apenas 3 anos.

PROPOSTA NA ONU

No dia 29 de novembro de 1947, durante a Assembleia Geral do ONU, foi aprovada a partilha das terras, entre palestinos-árabes e judeus. Estes aceitaram todas as condições impostas, mas os árabes não. Em 5 de maio de 1948 foi criado o Estado judeu.

PRIMEIRA GUERRA

Daquele ano até o seguinte, 1949, os árabes se uniram contra o recém-formado Estado hebreu, que ainda não possuía meios de defesa estruturados.

Foram atacados pelo Egito, Síria, Iraque, Líbano e Transjordânia (Jordânia). Israel venceu essa e todas as demais guerras, bem como outros ataques, dentre os quais destacamos alguns.

INTIFADAS

Na denominada Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel lutou contra guerrilheiros do Fatah, da então Organização pela Libertação da Palestina (OLP), abrigados pela Síria.

Em 1973 foi a vez da Guerra do Yom Kippur, quando Israel foi surpreendido em sua festa religiosa pela união de nações árabes.

As guerras foram seguidas de rebeliões, como as Intifadas, com os palestinos armados de paus e pedras, em 1987 e 2000.

ASCENDÊNCIA DO HAMAS

Já no ano de 1987, surgiu o grupo radical e fortemente ligado ao islã, ao setor político e sob orientação militar, o Hamas. Considerado terrorista por suas ações, o Hamas não aceita o Estado de Israel e defende sua destruição.

Suas atividades agressivas ocorrem através do ataque por milhares de mísseis, a maioria interceptada pela moderna tecnologia israelense, Iron Dome.

Com atuação questionada até mesmo por palestinos, sua forma de autoritária inclui a não observação dos direitos humanos, perseguição a críticos e a opositores políticos. Seus adversários são presos e torturados.

ATAQUES REPRIMIDOS

Desde 2008, Israel manteve a sua Força de Defesa em prontidão diante dos ataques terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica.

OPERAÇÃO CHUMBO FUNDIDO

Dezembro de 2008, ofensiva contra os disparos de foguetes do território palestino.

PILAR DEFENSIVO

Novembro de 2012, defensiva contra os grupos armados em Gaza, com 1,5 mil posições, quase 20 centros de comando, e quase mil mísseis disparados contra a Israel.

GUARDIÃO DOS MUROS

Maio de 2021: os terroristas do Hamas e Jihad Islâmica lançaram 4,3 mil mísseis contra o país.

SOBREVIVÊNCIA

Mesmo sob cativeiros e exílios, por vezes expulsos da terra de seus ancestrais, os hebreus sobreviveram diante de muitos povos hostis.

Sobreviveram aos mais implacáveis, como os seis impérios mundiais: Egípcio, Assírio, Babilônico, Medo-Persa, Grego, e Romano. Nenhum deles existem mais. Porém, o povo hebreu, de forma extraordinária e única, manteve a sua cultura, religião e língua.

A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO

Por volta do anos 1250aC, os hebreus saíram da escravidão do Egito, após 4 séculos.

Nos 40 anos de peregrinação, rumo à área de hoje, a Terra (que lhes fora) Prometida por Deus, eles receberam sua primeira Constituição (a Torá), e passaram a ser organizados como povo.

Sua primeira Constituição iniciou com os Dez Mandamentos, depois diluídos em 613 leis: 248 preceitos permitidos (positivos), e 365 não permitidos (negativos). Tudo isto forma sua ética e postura de sua organização social, de um povo civilizado.

JUÍZES E REIS

Em seus 300 anos seguintes foram governados por Juízes e, depois, por reis. O segundo rei, Davi, por volta do ano 1000aC, conquistou Jebus, capital dos jebuseus, e a transformou em Jerusalém, a capital dos hebreus. A capital passou a ser difundida como “A cidade de Davi”.

PROGRESSO EM MEIO A AREIA E PEDRAS

Sua economia é pujante, forte e admirável. O destaque fica por conta do alto desenvolvimento tecnológico. Junta-se a isso sua produção agroindustrial. Por fim uma das maiores fontes econômicas está no “leite das nações”, conforme preconizado na profecia do Livro Sagrado.

Por Jesus Cristo, “o teu Salvador”, o turismo Israel tornou-se fonte poderosa de renda: “E mamarás o leite das nações e te alimentarás aos peitos dos reis; e saberás que eu sou o Senhor, o teu Salvador, e o teu Redentor, e o Possante de Jacó”, Is 60.16.

BÊNÇÃO DE ABRAÃO

“Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; e em lugar da afronta exultareis na vossa parte; por isso na sua terra possuirão o dobro, e terão perpétua alegria”, Is 61.7.

O orgulho do Estado de Israel é que as suas tecnologias podem ser usadas por toda a humanidade.

1- A Universidade de Telavive está desenvolvendo uma vacina nasal que protegerá pessoas do Alzheimer e de acidentes cérebro-vasculares.

2- O Technion, Instituto de Tecnologia (Haifa), desenvolveu exame simples de sangue capaz de detectar diferentes tipos de câncer.

3- O Centro Ichlov (Telavive) isolou uma proteína que torna desnecessária a colonoscopia para detectar câncer de cólon, com um simples exame de sangue. O câncer de cólon mata anualmente cerca de 500 mil pessoas.

4- A Acne não mata ninguém, mas causa ansiedade e insatisfação em adolescentes. O Laboratório Curlight criou uma cura mediante emissão de Raios UV – alta intensidade -, que liquida as bactérias que produzem a acne sem gerar complicações adicionais.

5- O Laboratório Given Imaging desenvolveu uma câmera minúscula em forma de pílulas que são engolidas e que transmitem milhares de fotos do trato digestivo. Estas fotos de alta qualidade (2 por segundo durante 8 horas) podem detectar pólipos, cânceres e fontes de sangramento. As fotos são enviadas a um chip que as armazena e envia a um computador. Ao final do processo, a câmera é eliminada pelo reto.

6- A Universidade Hebraica (Jerusalém) desenvolveu um neuro-estimulador elétrico (baterias) que é implantado no peito de pacientes com Parkinson, semelhante ao marcapasso. As emissões deste aparelho bloqueiam os sinais nervosos que produzem tremores.

7- O simples odor do hálito de um paciente pode detectar se um paciente tem câncer de pulmão. O Instituto Russel Berrie de Nanotecnologia criou sensores capazes de perceber e registrar 42 marcadores biológicos que indicam a presença do câncer de pulmão sem necessidade de biópsia.

8- É possível prescindir de cateterismo em muitos casos. Endopat é um dispositivo colocado entre os dedos indicadores, que pode medir o estado das artérias e prever a possibilidade de infarto nos 7 anos seguintes.

9- A Universidade de Bar Ilan estuda novo medicamento que combate vírus por via sanguínea. É chamado de Armadilha Vecoy, pois engana um vírus até conseguir sua auto-destruição. Muito útil para combater a Hepatite, e no futuro Aids e Ebola.

10- É possível que os cientistas israelenses do Centro Médico de Hadassah (Jerusalém) tenham descobertos a primeira cura de esclerose lateral amiotrófica, conhecida como Enfermidade de Lou Gehring, em um rabino ortodoxo. Stephen Hawking, famoso cientista britânico, sofria desta enfermidade e para se comunicar utilizava métodos inventados por cientistas israelenses (1).

11- O país recicla 90% de sua água residual e figura como líder mundial nessa área.

12- Tecnologia de irrigação por gotejamento, controlada por computador

Irrigação cuja intensidade da umidade é controlada por computador

(Final da década de 80, fiz reportagem na Unesp de Ilha Solteira-SP, pelo jornal Diário da Região, São José do Rio Preto-SP).

13- Não obstante seu solo ser desfavorável e pequeno, conta com cerca de 300 vinícolas. São 50 toneladas de uvas colhidas somente em 70 delas, anualmente.

14- Ainda no setor agropecuário, a média de produção do gado leiteiro supera a de outros países.

15- Israel também construiu gerador de água atmosférica, cuja tecnologia absorve água potável do próprio ar.

15- PRÊMIOS NOBEL

Quase 30% de todos os prêmios Nobel da história foi destinado a judeus.

DEUS TESTIFICA NELES!

Quando Frederico, o Grande, o rei ateu da Prússia, perguntou: ‘Você pode me dar uma prova irrefutável de Deus?’. Jean-Baptiste de Boyer, Marquês d’Argens, respondeu-lhe: ‘Sim, vossa Majestade: Os judeus!”.

Fontes: (1) – Fonte: Monica Laredo: Twitter – @MonicaLaredo2

(2) https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/15907/1/V02001-199-210.pdf

https://brasilescola.uol.com.br/amp/geografia/o-conflito-na-palestina-faixa-gaza.htm

https://www.passeidireto.com/arquivo/89539532/israel-prova-que-a-biblia-eh-a-palavra-de-deus-d-cloud

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Filisteus

Tudo começa com os 59,5 milhões de votos a Lula. As urnas foram colocadas em xeque com a Justiça Eleitoral. Essa dúvida, além de ignorada exarou ameaças descabidas, e ainda permaneceu incólume.

Enquanto isso, Lula em sua jactância, questiona o Tribunal Penal Internacional, atitude reprovada por todos os membros do G-20. Isto é aceitável pela intocável corte brasileira?! Isso pode ‘seu’ juiz?!

Sob esse laurel, o tal ‘eleito’ não consegue ir à padaria da esquina sem ser vaiado e sofrer repulsa pública. Então onde estariam esses seus eleitores? Seriam apenas virtuais?!

Note que seus correligionários sempre ressaltaram suas tendências a passeatas e manifestações, como no caso do MST em 2014. Lá o STF estava com seus ministros presentes.

Tentaram invadir o prédio e até o depredaram, embora não tenham sido taxados de golpistas ou terroristas. Não houve esse estardalhaço de hoje. Seria por questões anacrônicas?!

CASTRAÇÃO

Seja como for, a repulsa pela real democracia, e a castração do direito de manifestação contrária se mantêm. Quem não quiser seguir o lado obscuro impresso nos tais ‘votos’, serão perseguidos e punidos. É a leitura que se faz, em fragrante maniqueísmo jurisdicional.

Lógico que atos de vandalismo deveriam ser todos igualmente punidos. Mas no caso do mínimo sinal de fumaça contra essa sociedade alternativa, do sujeito “nascido há 10 mil anos”, dos filhos da Revolução Cultural, remanescentes das drogas, ‘iluminados’ pelos Beatles, a luz ‘vermelha’ passa a piscar nos corredores obscuros do poder.

CONDENADOS POR ANTECIPAÇÃO

Os prejulgados e condenados antecipadamente como golpistas, são submetidos à ‘célere’ justiça brasileira. Instala-se um sistema lava-jato, às avessas da outra, evocado pela maior corte, como se um gigante adormecido fosse despertado.

Num relampaguear, o tal ministro figura como investigador, passa por delegado, a presidir o inquérito, em seguida, assume a função de promotor-acusador e, por fim, o de juiz, a concordar com sua própria tese.

Ora, os acusados foram condenados de forma antecipatória, nem mesmo passaram pela determinante frase de ‘acusados’ – até que se transite em julgado. Foram antecipadamente taxados de golpistas, o que, na verdade, nunca foram.

Sabe-se que “a carga do acusador é de provar o alegado; logo, demonstrar que alguém (autoria) praticou um crime” (Conjur). E é ainda somente após condenação transitada em julgado, que a pessoa passa a ser culpada e deixa de ser tão-somente acusada do referido delito.

NOVAS REGRAS

Através de uma espécie devir, tudo está sendo construído às claras e à moda marxista – “alienação política: dependência causada pela presença coercitiva do Estado, um mal necessário até que se alcance” o objetivo final.

As condenações são facilitadas pelo próprio ‘efeito boiada’, como no engodo da invasão dos prédios públicos. Sob método coletivo e colegiado pelos ministros, as condenações são também assemelhadas.

Sem a necessidade de se debruçar nos autos de forma exaustiva, passa-se a apresentar o enredo processual. Um único ministro, sob a empáfia de sua mente brilhante, posta-se na coxia desse palco de horrores inomináveis dos Mythos de Cthulhu.

GOLPE A IMOBILIZADO E SEM ARMAS

Além do não uso de armas deve-se considerar ainda a ausência do poder em sua efetiva atividade, por meio de pessoas, de seus representantes.

Conforme o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, não houve golpe nem ato terrorista, senão manifestação política.

Além de o povo da manifestação mostra-se desarmado, observa o político de esquerda, o que deixa de caracterizar golpe, existe diferença entre querer dar um golpe e efetivar o golpe. “Não podemos igualar as duas coisas”, disse

CONDENAÇÃO EXEMPLAR

Tais condenados são escolhidos a dedo, para que sirvam de exemplo de como insurgentes serão tratados. Condenados de forma sumário, unânime, policialesca, sem trégua, de caráter imediatista.

O tal golpe contra imóveis (desabitados) e móveis (imobilizados), com a total ausência da efetividade dos poderes, e ainda sem armas, busca obscurecer a visão… Tem caligem nesse roteiro! (A. Mesquita, jornalista).

Monster Energy Drink é um energético rico em açúcar e calorias, e que oferece riscos à saúde. Apesar de sua eficiência no ‘despertamento’ do consumidor, pode ocasionar ganho de peso e sérios problemas de saúde, caso não seja ingerido de forma comedida.

Também não deve ser consumido por crianças, em função alta concentração química e estimulantes, além da taurina ginseng, ioimbina, e de 160g de cafeína, que pode ainda viciar. Essas substâncias indicam riscos de desidratação, insônia, azia, derrame e até a morte.

MORTES

Nos EUA a empresa Monster Energy passou a ser investigada pela agência reguladora Food and Drug Administration (FDA). Cinco pessoas teriam morrido, mas o caso da norte-americana de 14 anos, Anais Fournier, foi o destaque.

Em dezembro de 2011, ela ingeriu duas latas do energético e sofreu um ataque cardíaco. O New York Times chegou a publicar o relatório da Food and Drug Administration sobre outras mortes também.

APELO À LIBERTAÇÃO DA BESTA

Tem-se na própria embalagem do energético todo o conceito construído, que acaba mostrando a referência à Besta apocalíptica de forma inquestionável, embora a empresa tente negar. Essa indicação específica em busca do impacto extraordinário da bebida, por meio do marketing está construída além dos números.

Ainda que não tenha nenhum vínculo de cunho religioso, satanista ou coisa parecida, a ligação apocalíptica se mostra verosímil, sem descartar tal proximidade.

“O equivalente hebraico do logotipo do monstro 666 é ‘Tav Resh Samech Vav’c que se traduz literalmente como ‘seiscentos e sessenta e seis’ (vav, no hebraico é 6).

A empresa carrega Monstro em seu próprio nome, e acaba por todo o seu contexto a mostrar sua relação com o Dragão bíblico, o Monstro, representação do Diabo, Satã. Essa relação se liga ainda à trindade satânica (o Anticristo, a Besta, e o Falso Profeta), de Apocalipse 13.

“E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”, Ap 20.2,10. O Diabo – o Dragão (Ap 20.2) -, a Fera, se manifestará pelo Anticristo, assim como Deus se manifestou por Cristo.

RELAÇÃO INQUESTIONÁVEL

Monstro está sempre relacionado à maldade, à forças extraordinárias, à formas extraterrenas, e ainda a demônios, não obstante as tentativas de desconstrução dessa figura pela Disney, descrentes e por todo sistema progressista.

Toda essa referência tem que ver com o lema da Monster (Monstro): ‘Liberte a Besta’ (‘Unleask the Beast’, em inglês), grafado na lata. A frase dá indicações claras que não se pode negar a relação às letras hebraicas, a indicarem os números seis.

Portanto, ainda que os três ícones possam construir uma proximidade à letra ‘m’, não têm muita semelhança a uma garra, mas são bastantes semelhantes ao hebraico.

Toda a relação apocalíptica não termina por aí. Dentro do nome, que revela toda a corporação do energético norte-americano, somente suplantado pelo Red Bull, na letra “o” está inserida uma cruz.

Não tem porque não ser, pois toda a peça publicitária se entrelaça entre o Monstro (a Fera) ou Besta, especificada pela inicial maiúscula, e ainda pela frase, os números, e a cruz.

No vocábulo “liberte” (a Fera) está a relação ao Apocalipse 20.2,7, que trata da libertação da Fera, o Dragão, representação do Diabo (Ap 12), após ter sido preso por mil anos (de paz na Terra).

COCA-COLA PRESENTE

Por fim, a Coca-Cola, que também aderiu à pauta progressista, vistas em suas publicidades que chegam a US$ 3 bilhões/ano, acabou sócia da corporação.

Ela passou a deter, inicialmente, 16,7% da Monster Energy, desde 2015, pela bagatela de US$ 2.15 bilhões. O percentual já subiu para 19.36%. Fonte referencial: https://businessyield.com/pt/brand-stories/who-owns-monster-energy/.

A IGREJA E O IMPÉRIO DO MAL

LB/AULA INAUGURAL

3o. Trimestre 2023 – 2/jul/23 (CPAD)

Pr. Mesquita, Antônio

TEXTO ÁUREO

“Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.

Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,

O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”, 2Ts 2.2-4.

VERDADE PRÁTICA

Babilônia é a versão do Antigo Testamento para Roma (NT), a indicar o domínio mundial, retratado como forma única de governo sob a perseguição aos santos, em diferentes formas e frentes, cujo centro dominante carrega a frase: “MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA, A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA” (Ap 17.5).

INTRODUÇÃO

Vivemos atualmente um momento diferente de todas as épocas do mundo (Is 21.11). Nunca na história se viu algo tão terrível, a envolver todos os segmentos sociais e em escala avassaladora:

Política, Religião, Cultura (moda, música, artes) Costumes, Linguagem; e Economia.

TEXTO BÍBLICO

“E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.

E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.

E pos dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.

Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.

Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.

E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.

E os dez chifres que viste na besta são os que odiarào a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.

Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus”, Ap 17.10-17.

I- A MANIFESTAÇÃO DO FILHO DO PECADO

Existe um espírito de contrariedade a lutar pelo descrédito da Igreja do SENHOR e tudo o que diz respeito às práticas judaico-cristãs. É a tentativa de descontração (da família, do casamento, da Fé cristã, e da dualidade: certo e errado, verdade e mentira, Céu e Inferno; autoridade paterna, domingo (dia) ‘do SENHOR’…), para a imposição de novos paradigmas.

É momento de realce de sinais do Fim dos Tempos. Temos várias frentes, como empresas, governos e partidos (no Brasil, o atual governo e seu partido), a ONU, e igrejas e cristãos liberais-progressistas, favoráveis à ideologia liberal, de viés de esquerda.

B- O PROGRESSISMO

“E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo”, Dn 7.25.

“O progressismo diz respeito ao conjunto de doutrinas a atingir segmentos filosóficos, sociais, culturais, políticos e econômicos. Tem como base ideários do Iluminismo como a quebra de paradigmas, pela mudança de pensamento e formas culturais e sociopolíticas, lançando para o ‘progresso infinito’. Está atrelado à transformação por meio da filosofia evolucionista e do positivismo. Entendiam os tais ‘iluminados’, que o próprio homem e em vez de a divindade deve mudar a sociedade, seu modo de vida, portanto, o seu próprio futuro.

II – A GLOBALIZAÇÃO

“E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.

Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.

Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus”, Ap 17.12-13,27.

A- A ONU E A AGENDA 2030

A ONU criou uma projeto, denominado Agenda 2030, cuja data indica o limite de tempo proposto para alcançar mudanças no mundo, dentro da ideia do globalismo.

Dentre tais buscas estão embutidos temas progressistas, como igualdade de gênero, apoio ao homossexualismo e outras buscas correlatas.

1- Resumo da história da ONU
“Criada após a Segunda Guerra Mundial (1945), seu principal objetivo era “evitar novas guerras” e “mediar conflitos”. Após substituir a “Liga das Nações”, com o tempo passou também a tratar de assuntos relacionados ao meio ambiente, saúde pública, segurança alimentar, patrimônio histórico, educação, habitação, energia atômica”.

Em seu início, seu segundo secretário-geral, Dag Hammarskjöld, disse: “A ONU não foi criada para levar as pessoas ao paraíso, mas para salvar a humanidade do inferno”. Agora busca levar a humanidade diretamente ao Inferno.

2- Primeiros conceitos

O que visceralmente querem agora, vai além dessa suposta igualdade, pois não é só utopia, mas engodo. Essa ideia remonta os pensamentos de Platão (A República), em que o Estado compartilha tudo, como propriedades, bens, esposas e filhos. Sem famílias, domínios pessoais, os filhos pertencentes aos Estado – como preestabelece o comunismo -, e a união sexual estaria sob o domínio do desejo. Enfim, essa é a teoria socialista: ‘O que é seu é também meu’. Já o formato cristão apresenta o inverso e voluntário: ‘O que é meu é seu’ (Pr. José Amaro da Silva).

Conforme o secretário-geral Ban Ki-moon, a Agenda 2030, diz sobre ‘o começo de uma nova era. Já percorremos um longo caminho juntos para alcançar este ponto de virada”. A ideia é construir uma comunidade global “realizar o sonho de um mundo de paz e dignidade para todos”.

Isso significa controlar os bens, preços, alimentos transgênicos, ideologia de gênero, aborto, controle declarado da natalidade, e método de saúde sexual, para suscitar as buscas e mudanças de posturas e visão com relação ao tema, conforme a Agenda 2030.

Nessa mesmo caminho, já se tem bilionários do mundo – elite dominadora -, ONGs, empresas multinacionais, bancos, que se unem e fazem propaganda em busca desse ‘novo mundo. Será uma elite global, como se tem nas tiranias de esquerda, a dominar os demais, incluindo, obviamente, os (necessários) pobres, preferidos ao sagrado, como na filosofia de Judas (Jo 12.5-6).

3- A Bíblia já preconiza tal sentença sobre a busca e instalação de uma Administração Única e Mundial, para, finalmente, entregar o domínio ao Anticristo, o Oitavo Império Mundial:

“E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.

E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.

E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas,

Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”, Ap 13.14-17.

4- Princípios da Globalização

Os quatro pontos para a formalização do domínio mundial:

-Unificação do Mundo

-Governo Único

-Moeda Única

-Uniformização das políticas e sistemas.

III- MUDANÇAS DO TEMPO E DA LEI

“1- E proferirá palavras contra o Altíssimo,

2- e destruirá os santos do Altíssimo, e

3- cuidará em mudar os tempos

4- e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo”, Dn 7.25.

A- ESTRUTURAS DA ÉTICA JUDAICO-CRISTÃO

A Lei é um Código ou Constituição (Dez Mandamentos) divino, que deu origem ou sequência no cristianismo.

Os 10 Mandamentos e os 613 Preceitos

Estes são divididos em DOIS:

“Mandamentos Positivos”: “Faça” ou Obrigações (Deve ser feito); no total de 248, número de ossos ou órgãos importantes do corpo humano.

“Mandamentos Negativos”: “Não Faça!” ou Proibições, no total de 365 – dias do ano solar.

B- O POLITICAMENTE CORRETO

É uma ideia que roda as universidades e universidade é o “espírito selvagem” (Condé).

1- O politicamente correto traz consigo as bandeiras do Progressismo, e ainda formas de policiar, taxar de forma depreciativa e buscar a exclusão social dos que não se moldam a esse modelo de sociedade alternativa:

-Homossexualismo

-Casamento de pessoas do mesmo sexo

-Igualdade de gênero

*-Avanço Feminismo iniciado no século 19 (EUA e Europa) e, depois, no século 20, cunharam-se as frases:

‘Não se nasce mulher, se torna mulher’ (Simone de Beauvoir, ativista) e “Meu corpo, minhas regras” (Universidade de Toronto, 2011).

*-Discriminação do Aborto. A vida humana é formada desde a fecundação, conforme descreve Jeremias 1.5, corroborado ao salmo 139.13-16).

*-Ataque à família (Não existe família tradicional ou pluralista, progressista. O que existe é “família de verdade e não o tipo de família de supermercado, descartável”, O Encanador, Luke no Afeganistão).

-Incesto, Poligamia e Família pluralizada

PL apresentado no dia 21 de outubro de 2015, pelo deputado federal comunista Orlando Silva/PCdoB, partido da base do PT, o Projeto de Lei 3.369/15, Institui o Estatuto das Famílias do Século 21.

Em seu segundo parágrafo estabelece:

“São reconhecidas como famílias todas as formas de união entre duas ou mais pessoas que para este fim se constituam e que se baseiem no amor, na socioafetividade, independentemente de consanguinidade, gênero, orientação sexual, nacionalidade, credo ou raça, incluindo seus filhos ou pessoas que assim sejam consideradas” https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2024195

*-Discriminação do uso de drogas

*-Domínio mundial pela ideologia da esquerda

2- Nova linguagem imposta

Dono de animais (Tutor)

Gay, homossexual (Sexo neutro)

Homossexualismo (Homoafetivo)

Esquerda, socialismo (Progressistas)

Ser liberal (Progressista)

Conservador, ortodoxo (Retrógrado)

B- EMPRESAS QUE JÁ ADERIRAM

Muitas empresas aderiram ao Pride (Orgulho gay), ao dito politicamente correto, às cores do arco-íris, hoje em brinquedos, filmes, desenhos e roupas, enquanto o unicórnio figura como símbolo homossexualismo (Jd 7).

CNN Brasil Business lista 10 empresas com políticas afirmativas em prol do coletivo LGBTQI+ no Brasil. Destacamos 5 delas e inserimos uma lista com alguns nomes.

1- Atento 

“Parceira da TransEmpregos, a empresa de telemarketing com sede em Madri, na Espanha, diz ter uma política estruturada para a diversidade. Entre as ações, cita a iniciativa para atração de profissionais trans, com participação ativa em feiras de empregabilidade focada nessas pessoas.

Entre outras ações, adotou, em 2013, o uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero”.

2- Grupo Pão de Açúcar 

“Parceira do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ e também parceira da Transempregos, estima ter contratado 31 profissionais trans em 2019 para as lojas Extra e Pão de Açúcar. Participa do #AgoraVai, festival que tem como objetivo capacitar pessoas trans para o mercado de trabalho, com oficinas e treinamentos sobre elaboração de currículos, dicas para entrevista e escolha do vestuário”.

3- Carrefour 

“Possui um grupo de afinidade LGBT, o ‘Todxs’, que reúne funcionários que se reúnem voluntariamente para discutir temas relacionados ao coletivo LGBT. Mesmo na pandemia, a empresa diz que as atividades não pararam”.

4- Ambev 

“Criou em 2016 o grupo Larger (Lesbian & Gay & Everyone Respected — Lésbica, &  gay & todos respeitados, em tradução livre), que discute as melhores práticas de inclusão e bem-estar de pessoas LGBTs no trabalho”.

5- Itaú Unibanco

“Em parceria com a consultoria Mais Diversidade, o banco patrocinou por dois anos um edital que valoriza projetos na área da diversidade sexual e de gênero, o “LGBT+ Orgulho”. Na primeira edição, de 2018, ofereceu R$ 200 mil a propostas de caráter cultural, educacional, esportivo ou social, que contemplam o respeito e a valorização da diversidade LGBT”.

Outras marcas ‘associadas’:

King Burger

Omo

Coca-cola

Dove

Natura

Boticário

Rede Globo

Ford

Fiat

Starbucks Cafeteria

Amazon

Disney

Apple

Nike

C- TENTANDO MUDAR O IMUTÁVEL

No feminismo (mulher perde sua representatividade como fêmea), embora seja impossível mudar:

-Sua Fisiologia (Estrutura física e biológica)

-Sua Identificação Cromossômica

TODO humano possui 23 pares de cromossomos em cada célula. Entre eles, um par de cromossomos X e Y, a determinar o sexo:

FÊMEA: XX

MACHO: XY

-Sua Estrutura Psicológica

A fêmea e o macho agem e pensam diferente (em oposição), tem aptidões diferentes

1- Macho e Fêmea. Algumas Diferenças:

HOMEM é melhor em mapas mentais;

O cromossomo Y faz-lhe crescer os testículos;

Seu cérebro é maior e tem mais neurônios;

Homem é cortejador;

MULHER tende mais à criação dos filhos;

Ela tem mais massa cinzenta;

Possui maior fluência verbal;

Se alimenta melhor;

Termina os estudos (mais que o homem);

Seu sistema imunológico é mais forte;

Vive mais;

As mulheres são mais limpas e mais espertas.

2- Reafirmação da cultura grega

Consideremos a cultura grega imposta pelo macedônio e imperador grego, Alexandre, o Grande (356-323aC).

Alguns historiadores, incluindo Diodoro Sículo, afirmam que o guerreiro teria tido ao menos um amante-homem, Heféstion. Aliás, quando Heféstion morreu, Alexandre teria ficado sem comer e beber por vários dias.

3- Quanto às mulheres temos um hiato entre Gênesis e pós-influência cultural de Alexandre, do Império Grego, muito admirado pelos judeus.

A cultura grega influenciou todo o mundo e até hoje influencia por meio das artes.

Os gregos mantinham ojeriza às mulheres. Seus filósofos e poetas falavam muito disso. Atualmente essa cultura se aflora.

Estamos em curso da sodomização e da rejeição de tudo que não consta na ‘cartilha’ – a bíblia do presente século. É um tipo de ‘cartilha sensorial’, com manifestação na alma e construída pelo Grande Irmão – o Big Brother – o Diabo manifestado (2Ts 2.4; Jo 16.33), Satã, literalmente, Bloqueador.

4- Identificação do Anticristo

“E não terá respeito ao Deus de seus pais, nem terá respeito ao amor das mulheres, nem a deus algum, porque sobre tudo se engrandecerá”, Dn 11.37. O termo ‘respeito’ é traduzido como ‘desejo’. Muitos comentaristas enfatizam uma interpretação que foge da indicação literal do texto, a justificarem a possibilidade de

discriminação. Entretanto, segundo o comentário de Thomas Coke, “A palavra usada para as mulheres significa adequadamente esposas, assim como o desejo faz carinho conjugal. O significado, portanto, de não considerar o desejo das mulheres é, negligenciar e desencorajar o casamento, como fizeram os gregos e os latinos, para o grande descrédito da religião cristã”.

Segundo Lutero, “o Anticristo não daria atenção ao deus de seus pais; não propagaria os ensinamentos deles, e não seria casado: antes ele honraria seu deus MAOZIM – que é, ele proibiu o casamento somente por sua aparência de seus papistas” (Resposta ao supercristão, superespiritual … Emser (1521) In: Luther Works, 39, 195).

“Como Daniel profetizou deles quando disse: ‘eles não consideram o desejo das mulheres”, diz Lutero, em crítica ao clero romano (“Prefácio à Primeira aos Coríntios 7”, de 1523). Citações de jrcristofani.

V- ISMOS PARA PAVIMENTAR O CAMINHO DA DESCONSTRUÇÃO

Dn 6.4-13.

Relativismo

O que se pretende é a legalização do pecado, à moda da descriminalização, como se busca no Direito, por meio da relativização. Aplica-se nessa busca, o que o apóstolo Paulo diz a respeito da Lei judaica. A força do pecado está na lei, naquilo que está escrito, pois o pecado é a transgressão da lei (1Jo 3.4). Sem “a Lei, o pecado está morto”, uma vez que é “mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado” (Rm 7.8; 3.20). Então faz-se a adaptação do texto, a excluir toda condenação e pronto. Altera ou retira-se e o homem se auto justifica.

Por outro lado, se as igrejas se contextualizaram, para que, então, mudar o texto. Seria somente para justificar o pecado. Mas se ele não existe!(?)…

Óbvio que sob o pretexto da necessidade da dar banho na criança, depois jogam a sua água suja com o bebê junto.

Pluralismo

Em oposição à Dualidade Cartesiana do certo e errado, verdade e mentira, Céu e Inferno, macho e fêmea, bom e mau… É a forma de reconhecimento da diversidade (Jd 12b-13).

Existencialismo

É um meio moderno a acentuar mais a vivência que propriamente o ser, com a existência acima da essência, a impor a autonomia do indivíduo (2Tm 3.2a).

Humanismo

Exclui o texto bíblico “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça…” (Mt 6.33), pois Deus é a medida de todas as coisas, conforme o teocentrismo, a perdurar até à Revolução Francesa, que implantou o Iluminismo. Dele nasceu o humanismo, que altera a ordem e coloca o homem em primeiro lugar. Toda essa busca contrasta com a afirmação do apóstolo Paulo: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”, Rm 7.24.

Hedonismo

Indica a busca por todas formas de prazer

fundamentando na máxima, “o prazer acima de tudo” ou “tudo pelo prazer” (Gl 5.19).

Teísmo aberto

“Consiste numa prática teológica onde são retiradas algumas das principais características de Deus: a onipresença, a onipotência e a onisciência. Esta corrente é também conhecida por “teologia da abertura” ou “abertura de Deus” (Jd 4).

Teoria Narrativa

É definida pela substituição da indicação bíblica, aquilo que consta nos textos sagrados ou canônicos por resultados de experiências pessoais (2Tm 4.3-4).

CONCLUSÃO

No tempo do apóstolo Paulo, a sociedade era dividida em duas instituições básicas: Governo e Família. As demais conhecidas e que formavam a cultura humana: economia, religião, e ensino (que chamamos Educação) estavam nelas inseridas (vide INTRODUÇÃO).

Os valores culturais básicos eram: Honra e Vergonha (evoluídos para costumes).

A divergência e a não assimilação da cultura do mundo pelos cristãos (cf Rm 12.1-2) está em Atos 16.21, em que os romanos reclamam dessa nova visão:

‘E nos expõem costumes que nos não é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos’.

Conforme a profecia, nem só o texto bíblico acaba se cumprimento nestes dias, como também indica o “últimos tempos” e, portanto, devemos estar não só PRONTOS, mas ainda PREPARADOS para a Volta do SENHOR.

Nossas vasilhas precisam estar cheias de azeite, que indica a presença do Espírito Santo. Ele nos levará ao encontro do Noivo.

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;

Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças”, 1Tm 4.1-3.

“Tudo nos mostra, que Cristo já volta. Breve Jesus Voltará!” (Sugestão: Hino Jesus Voltará, HC 401).

Você precisa permitir que o seu caminho seja restaurado ou preparado pelo SENHOR. Em qualquer circunstância, enquanto existir ou ao passar para o Além, você terá o Guia e Salvador.

“Disse-lhe Jesus: Eu Sou o Caminho, e a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”, João 14.6.

Abandone ao menos por um momento o seu orgulho. ELE irá receber você? para que não mais ande em trevas, mas passe a andar sob a Sua Luz!: “EU SOU a Luz do Mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da Vida” (Jesus Cristo).

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”, Mateus 11.28-30.

Portanto, agora mesmo, receba ELE como teu SENHOR, Deus e Salvador. Peça-Lhe perdão de seus pecados, sabidos ou não, e que ELE escreva o seu nome no Livro da Vida (Apocalipse 20.15), e livre você do pecado, da Morte, do Inferno e da Condenação Eterna.

Ore a ELE, mesmo que seja em pensamento. Caso tenha condições, prostre-se e fale com ELE, que é Deus e em espírito te ouvirá. Você receberá Paz em sua alma e as coisas que te aborrecem desaparecerão. ELE está acima de tudo, de todas as coisas, e de todos! Creia!

ELE sempre te amou, com Amor supremo:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna”, João 3.16, pois “a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu Nome”, João 1.12.

THE WAY

You need to allow your way to be restored or prepared by the LORD. In any circumstance, while existing or passing to the Beyond, you will have the Guide and Savior.

“Jesus said to him: I am the Way, the Truth and the Life; no one comes to the Father except through me”, John 14.6.

Abandon your pride at least for a moment. WILL HE receive you? so that I no longer walk in darkness, but walk in His Light!: “I AM the Light of the World. Whoever follows me will never walk in darkness, but will have the light of life” (Jesus Christ).

“Come to me, all you who are weary and burdened, and I will give you rest. Take my yoke upon you, and learn from me, for I am meek and lowly in heart; and you will find rest for your souls. For my yoke is easy and my burden is light”, Matthew 11.28-30.

Therefore, right now, receive HIM as your LORD, God and Savior. Ask Him for forgiveness of your sins, known or not, and that HE write your name in the Book of Life (Revelation 20.15), and free you from sin, Death, Hell and Eternal Damnation.

Pray to HIM, even if it’s in thought. If you have conditions, prostrate yourself and talk to HIM, who is God and in spirit will hear you. You will receive Peace in your soul and the things that bother you will disappear. HE is above all, all things, and everyone! Believe!

HE has always loved you, with supreme Love:

“For God so loved the world, that he gave his only begotten Son, that whosoever believeth in him should not perish, but have everlasting life”, John 3:16, for “as many as received him, to them gave he power to those who believe in his name to become children of God” (John 1:12).

De 13 a 30 de junho de 2011 publicamos no twitter – @pastormesquita – um tópico por dia, no total de 100, sobre a história do Movimento Pentecostal.

Foram 5 tópicos por dia, com exceção do dia 13 e 18, primeiro dia e o do Centenário da AD, quando publicamos 10, sempre iniciado com tralha (#) e com o número de ordem de cada um e, no final, o tag #CentenarioAD.

O tópico de abertura figurou como o número 1. Os tópicos abaixo estão um pouco maiores, pois no twitter o limite de cada postagem é de 140 caracteres. Hoje publicamos todos os tópicos.

O início do avivamento

2 O avivamento varria partes da Europa, em especial no País de Gales. Nos EUA, o mesmo avivamento ocorria em Minnesota, Carolina Norte e Texas.

3 Em 1891 Daniel Awrey falou em outras línguas em Delaware (Ohio-EUA). Sua esposa teve a mesma experiência em 1899, em Beniah (Tennessee).

4 Os registros de batismo no Espírito Santo ocorreram desde os apóstolos e percorreram por toda a História da Igreja, envolvendo homens e mulheres cristãs.

5 Em 1º janeiro de 1901, antes do Avivamento em Los Angeles, a jovem Agnes Ozman recebeu o batismo no Espírito Santo na Escola Bíblica Betel, em Topeka (Kansas, EUA).

6 Depois de estudarem a Palavra sobre o batismo no Espírito Santo e horas em oração, diversos alunos do curso de Teologia experimentaram a glossolalia (falar em outras línguas).

7 Agnes Ozman é considerada a primeira pessoa a receber a experiência. Depois vários outros alunos e o próprio professor do curso, Charles Fox Parham também foram selados.

8 Em 1905, o garçom Willian Seymour, afro-descendente e filho de ex-escravos de Louisiana, que andava à busca de melhores condições, viajou para Houston (Texas), à procura de trabalho e parentes.

9 Após converter-se passou a pregar a Palavra, tempo em que contrair varíola, doença que o deixou com o rosto desfigurado e cego de um olho.

10 Seymour ‘frequentava’ as aulas de Parham, sobre ensino do batismo do Espírito Santo, mas ficava do lado de fora da sala de aula, próximo à entrada, pois era afro-descendente e, portando, impedido de entrar, em função da segregação étnica, existente na época nos EUA. Seymour chega a Los Angeles

11 Em 22 de fevereiro de 1906, Willian Seymour chega a Los Angeles e passa a pregar sobre regeneração, santificação, cura pela fé e batismo no Espírito Santo.

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12 Seymour e um grupo permaneceram em cultos na casa do casal Ruth-Richard Asbery na Rua Bonnie Brae, 214, em Los Angeles (foto-2)

13 Em 9 de abril de 1906, Edward Lee recebe o batismo e depois Jennie Moore, que depois casou-se com Seymour.

14 Em 12 de abril de 1906, às 4h da madrugada, o afro-descendente Willian Seymour recebe o batismo no Espírito Santo.

15 Em 19 de abril de 1906, nasce a então igreja Missão da Fé Apostólica, instalada à Rua Bonnie Brae, 214, na casa do casal Ruth-Richard. A liturgia era composta de leitura bíblica, cânticos e muita oração, praticamente o dia todo.

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16 A casa na Rua Bonnie Brae – hoje transformada em um museu, com muitas peças da época (foto) – fica pequena e a igreja aluga um templo abandonado, onde antes abrigava uma igreja tradicional e que fora transformado em um estábulo, à Rua Azusa, 312 (foto), também em Los Angeles. Depois de muito trabalho para limpar o local, os cultos passaram a ser realizados lá. Alguns utensílios que restaram do local, como caixotes, foram usados como peças de apoio para o culto. Começa a corrida para Los Angeles

17 A ação do Espírito Santo atrai cristãos do mundo todo. Eles seguem para Los Angeles em busca da nova experiência. A atuação do Espírito, conforme Atos 2.1-8: “E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?”, se espalha pelo mundo.

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Gunnar Vingren

18 Gunnar Vingren nascera a 8 de agosto de 1897, na cidade de Ostra Husby, Suécia. Foi jardineiro como seu pai até os 19 anos.

19 De lar cristão, aos 18 anos, Vingren ocupa o lugar de seu pai na Escola Dominical, quando o Senhor fala-lhe claramente que seria missionário.

20 No ano de 1903, Gunnar Vingren, membro da Igreja Batista, viaja para os Estados Unidos e começa a estudar no Seminário Teológico Batista em Chicago.

21 Em 1909, Gunnar Vingren estava cheio de vontade de buscar o batismo no Espírito Santo. Passou a pregar sobre o assunto em sua igreja, mas teve rejeição.

22 Gunnar Vingren muda-se então para South Bend, Indiana. A igreja torna-se pentecostal com 20 batizados no Espírito Santo já no primeiro verão.

Daniel Berg

23 Daniel Högberg, conhecido como Daniel Berg, nasceu a 19 de abril de 1884, em Vargon, Suécia, filho de Fredrika-Gustav Verner Högberg, membros da Igreja Batista.

24 Aos 17 anos, no dia 5 de março de 1902, Daniel Berg de lar genuinamente cristão, muda-se para os Estados Unidos em busca de melhores condições, pois a Suécia passava por crise econômica. Anos após ele volta à Suécia.

25 Em 1909, quando viajou para a Suécia Daniel Berg ouve sobre o batismo no Espírito Santo e quando volta para os EUA, ainda no caminho, recebe o revestimento de poder, outorgado pelo Espírito Santo, por meio do batismo espiritual.

26 Atraído pelo Avivamento de Chicago, o jovem Gunnar Vingren creu e foi batizado no Espírito Santo.

Os dois jovens se encontram

27 Em pleno ano de 1909, em conferência de igrejas batistas em Chicago, os jovens Gunnar e Daniel Berg, também batistas, se conhecem.

28 Daniel Berg e Gunnar Vingren chamados pelo Senhor têm como indicação do Espírito Santo, por meio de um terceiro, o nome ‘Pará’. Sem saber o que propriamente indicava, eles procuram informações sobre a indicação e descobrem que se trata do Estado brasileiro ao norte do país. De Nova Iorque eles conseguem a oferta de US$ 90 e rumam ao Brasil.

29 No ano seguinte, em 1910, no dia 5 de novembro, Daniel Berg e Vingren partem de Nova Iorque no Navio Clement. Durante a viagem na terceira classe, eles falam de Jesus aos passageiros e tripulação; distribuem folhetos e ganham um tripulante para Jesus.

30 No dia 19 de novembro de 1910, Daniel Berg e Gunnar Vingren chegam a Belém, capital do Pará. Estavam totalmente sem bens, quase sem dinheiro, sem conhecerem a língua portuguesa e sem amigos.

31 Nessa época, Belém tinha 250 mil habitantes e uma economia em alta por causa dos reflexos da riqueza do Ciclo da Borracha (cf Judson Canto). Mas a prosperidade dura mais dois anos somente.

32 Em 1910, quando chegaram Gunnar Vingren tinha 23 anos e Daniel Berg, 26. Os dois jovens obreiros solteiros sentam na praça local e oram ao Senhor.

33 Até então Daniel Berg e Gunnar Vingren estavam ligados à Igreja Batista. Eles descobriram um nome conhecido em propaganda em um jornal de Belém. Era o pastor metodista Justus Nelson. Fizeram contato e o pastor acompanhou-os à igreja batista local.

34 Apresentados ao responsável pela igreja, Raimundo Nobre, os missionários passaram a congregar e a morar nas dependências do templo, no porão.

35 Enquanto Gunnar Vingren estudava a língua portuguesa, Daniel Berg trabalhava como caldeireiro e fundidor na Companhia Port of Pará, profissão que aprendera quando trabalhou nos EUA.

36 No dia 8 de junho de 1911, à 1h da madrugada, à Rua Siqueira Mendes, 67, a irmã Celina de Albuquerque recebeu o batismo no Espírito Santo. Foi a primeira cristã brasileira, membro da Igreja Batista, a receber a Promessa gloriosa do Senhor.

37 Amanhece e irmã Maria Nazaré vai à casa de José Batista de Carvalho, à Avenida São Jerônimo, 224, falar do batismo de Celina Albuquerque. 38-41 Os primeiros batismos no Espírito Santo, conforme registros na própria agenda de Gunnar Vingren foram os seguintes:

1) Dia 8 de junho de 1911: Celina Albuquerque, à 1h da madrugada;

2) às 22h do mesmo dia, a irmã Maria Nazaré, também fora batizada;

3) No dia 18, às 16h, Ana Silva;

4) dia 1 de novembro, às 10h, foi a vez de Sâncrita Oliveira;

5) irmão Mitoso, recebe o batismo no dia 26 de janeiro de 1912, às 10h;

6) irmã Clothilde recebe a Promessa no dia 19 de março de 1912, às 19h;

7) Manoel Dubu é batizado no dia 13 de abril do mesmo anos, 4h da madrugada;

8) Benvinda Oliveira recebe o revestimento de poder no dia 17 de abril de 1912, às 15h;

9) às 11h do dia 23 de abril de 1912, foi a vez de Emélia Dubu;

10) Guinóca recebe o batismo no Espírito Santo, um ano depois de Celine Albuquerque, justamente no dia 5 de junho 1912, às 22h.

Separados pela ação do Espírito

42 Dia 10 de junho de 1911, a ação do Espírito Santo já era realidade na Igreja Batista, mas a rejeição iniciara e irmã Celina, que trabalhava na igreja como professora de Escola Dominical, não mais teve oportunidade.

43 No dia 12 de junho de 1911, o dirigente Raimundo Nobre, que ainda estudava para tornar-se evangelista, convocou reunião extraordinária da igreja.

44 Mesmo com minoria, Raimundo Nobre propôs a exclusão da maioria, os adeptos da Boa-Nova do Espírito. Neste mesmo dia, com ousadia, o irmão português e abastado, Manoel Rodrigues, de forma ousada leu Atos 2.39.

45-47 Mas a exclusão fora aprovada pelo pequeno grupo de batistas, que se transformaria hoje em uma das maiores denominações cristãs no mundo, caso aceitassem a atualidade dos dons espirituais. Naquele dia, tiveram de sair os irmãos:

1) Celina e seu marido Henrique de Albuquerque; Maria Nazaré; José Plácido da Costa, sua esposa Piedade Prazeres da Costa; Manoel Maria Rodrigues e esposa Gerusa Rodrigues; Emília Dias Rodrigues; Manoel Dias Rodrigues; João Domingues; Joaquim Silva; Benvinda Silva, Teresa Silva de Jesus e Isabel Silva; José Batista de Carvalho e esposa Maria José de Carvalho; 17) Antônio Mendes Garcia. 

48 Dez dias depois, o pequeno grupo convidou os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren para implantarem a denominação pentecostal.

18 de junho de 1911

49 Foi então que no dia 18 DE JUNHO DE 1911, à Rua Siqueira Mendes, 67, na cidade de Belém, deu-se início ao Movimento Apostólico da Fé, com 17 pessoas, que 7 anos depois, mudaria o nome para Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

50 Cheios do poder do Espírito Santo todos tinham como base de pregação a Salvação, a Cura Divina, o batismo no Espírito Santo e a Volta de Jesus.

51 Após receberam muitas críticas, o jornal A Folha do Norte, que também criticou a igreja, publicou a seguinte declaração de um repórter: “Nunca vi uma reunião tão cheia de fé, fervor, sinceridade e alegria entre os crentes”.

52 Gunnar Vingren tornou-se o pastor da igreja, enquanto Daniel Berg atuava como colportor a vender Bíblias importadas dos Estados Unidos, pois no Brasil não havia Bíblias em português. Ele aproveitava as visitas de casa em casa e testificava das Boas-Novas do Senhor Jesus.

53 Os dois obreiros, Daniel Berg e Gunnar Vingren, além de jovens, eram solteiros.

54 Berg rumou para Bragança, interior do Pará, na rota ferroviária Belém-Bragança, por onde enfrentava os dois maiores inimigos da obra do Senhor: 

1) o analfabetismo e 

2) o catolicismo romano.

55 Os padres, como autoridades reconhecidas por toda parte, muitas vezes, decidiam o que deveria ser feito na cidade e então impunham a perseguição com truculência e sem piedade. Eles também advertiam os moradores quanto à pregação de Daniel Berg e impunham temor quanto à leitura bíblica, pois a Igreja Católica Romana proibia seu manuseio e leitura.

56 Em pouco tempo, vinte igrejas se formaram entre Belém e Bragança. Berg ia de porta em porta, falando de Jesus e orando pelos enfermos.

57 Em dezembro de 1913, Gunnar Vingrem recebe a seguinte profecia, anotada em uma de suas agendas: “Meu filho, te humilha. Tu tens de passar grandes provações. O meu sangue tem poder para te guardar…”.

58 Após incidentes enfrentados em pequenos barcos, os pioneiros compram um grande barco, movido a velas, com ajuda financeira da igreja em Belém – o Barco Boas-Novas.

59 Dentre os sinais da manifestação divina, uma família se converte em pleno velório. Daniel Berg lê a Palavra sobre a ressurreição e pai e filhos, ao lado do corpo da mãe, se convertem e, depois, tornam-se anunciadores do Evangelho de Cristo.

Novos rumos

60 Em 1914, um grupo composto por crentes brancos, ligado à então Igreja de Deus em Cristo, forma a Assembleia de Deus, enquanto aquela passou a ter o domínio total de afro-descendentes, em função da saída dos brancos.

61 No ano de 1914, a mensagem do Evangelho chega ao Ceará por meio da cearense e pioneira Maria de Nazaré, a segunda pessoa a ser batizada no Espírito Santo.

62 No dia 25 de outubro de 1914, chegam ao Brasil outros missionários suecos: o casal Adina-Otto Nelson.

63 Em 1914, Gunnar Vingren e Otto Nelson levam a mensagem ao Estado de Alagoas e no mesmo ano, Manoel Francisco Dubu anuncia o Evangelho no Estado da Paraíba.

64 Em 1915, Cordolino Teixeira Bastos leva o Evangelho da Salvação em Cristo para Roraima e, um ano depois, Adriano Nobre leva a Palavra a Pernambuco.

65 Em 1917, o Evangelho chega ao Amazonas, por meio de Severino Moreno de Araujo e, no ano seguinte, Adriano Nobre prega a Palavra no Rio Grande do Norte.

66 Nos anos seguintes, o Evangelho é anunciado nos seguintes Estados:

– Maranhão em 1921, por Clímaco Bueno Aza;

– Espírito Santo em 1922, por Galdino Sobrinho e sua mulher;

– Rondônia em 1922, pelo missionário Paul John Aenis;

– Rio de Janeiro em1923, por crentes provenientes do Pará;

– São Paulo em 1923, por meio de crentes do Pernambuco;

– Rio Grande do Sul em 1934, pelo missionário Gustav Nordlund;

– Bahia em 1926, através de Joaquina de Souza Carvalho;

– Piauí em 1927, por Raimundo Pereira de Almeida;

– Minas Gerais em 1927, por Clímaco Bueno;

– Sergipe em 1927, por meio de Sargento Armínio;

– Paraná em 1928, por Bruno Skolimowisk;

– Santa Catarina em 1931, André Bernardino da Silva leva a Palavra;

– Acre em 1932, por meio de Manoel Pirabas;

– Goiás em 1936, por Antônio Moreira e outros crentes;

– Mato Grosso em 1944, pregado por Eduardo Pablo Joerck;

– Mato Grosso do Sul em 1944, por Juvenal R. de Andrade (época um único Estado);

– Distrito Federal em 1956, por obreiros de Mudureira.

71 Nos primeiros 4 anos, a igreja em Belém do Pará contava com 384 pessoas batizadas nas águas (membros) e 276 batizadas no Espírito Santo.

72 Após 5 anos no Brasil, Gunnar Vingren resolve ir à Suécia testificar das maravilhas ocorridas no Brasil, quando conhece a enfermeira Frida Strandberg (Frida Vingren). Logo depois, viajem para o Brasil e se casam no Pará.

73 No ano de 1915 chegam ao Brasil os missionários suecos Lina-Samuel Nyström. Ele foi um respeitado ensinador da Palavra e formou dupla com o homem de reconhecida liderança Nels Nelson. Além de grande estatura, os dois passaram a estabelecer a doutrina da Igreja entre os assembleianos. Nyström era contrário à mulher ocupar o púlpito para ensinar, quando então, entrou em choque com o pioneiro Gunnar Vingren, pois sua esposa Frida, pregava, escrevia textos nos jornais, ensinava nas escolas bíblicas e dirigia cultos na ausência do marido, embora não detivesse nenhum título ministerial. No Rio, por exemplo, quando Vingren viajava, ela dirigia os cultos, auxiliada pelo então evangelista, saudoso pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério Madureira, com matriz em Madureira (daí o nome), no Grande Rio. Hoje o ministério e a citada igreja são liderados pelo pastor Abner Ferreira.

74 Em 1917 fora fundado o primeiro jornal pentecostal A Voz da Verdade, que circulou por apenas 3 meses. Deu lugar ao Boa Semente, com circulação iniciada a partir de janeiro de 1919. Igreja recebe o nome de Assembleia de Deus

75 Só então no ano de 1918, a igreja no Brasil passa a denominar-se Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

76 Dia 18 de janeiro de 1919, passa a circular o jornal Boa Semente, o primeiro órgão das Assembleias de Deus no Brasil, editado em Belém do Pará. Saiu de circulação em 1930, quando entra em circulação o atual Mensageiro da Paz.

77 Em 1920, Daniel Berg visita a Suécia quando conhece a jovem Sara com quem se casa em julho do mesmo ano. Em 1921 o casal retorna ao Brasil.

78 No ano de 1921 chega ao Brasil o sueco Nels Nelson, aos 26 anos de idade e solteiro. Considerado notável líder e único estrangeiro a naturalizar-se brasileiro. Seu filho Samuel Nelson mora no Pará e sua filha Ester, no Rio de Janeiro.

79 Em 1921, a igreja Assembleia de Deus passa a contar com o seu primeiro Hinário: o Cantor Pentecostal, composto de 44 hinos e 10 corinhos.

80 No ano de 1922, lançada por Adriano Nobre, a 1ª edição do hinário Harpa Cristã, que contava com 300 hinos. Inicialmente este hinário era confeccionado de forma artesanal.

Pioneiros não param

81 Em 1922 Daniel Berg segue para Vitória (ES) onde implanta a AD e permanece no Espírito Santo até 1924 e, depois, segue para Santos.

82 No ano de 1924, Rio de Janeiro, Gunnar Vingren muda definitivamente para a capital ao país, onde também atua como editor do jornal Mensageiro da Paz.

83 No Rio de Janeiro, quando Gunnar Vingren viajava, sua esposa Frida dirigia os cultos, auxiliada pelo então evangelista, saudoso Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério Madureira. Por determinado tempo da história da AD, Paulo Macalão (Rio) e Cícero Canuto de Lima (São Paulo), constituíram-se em liderança da igreja no Brasil, sempre em comum acordo e respeito mútuo.

84 Dia 5 de maio de 1924, início da AD em Santos, por meio de Hermínia-Vicente Lameira e Manoel Garcês e sua esposa, provenientes de Recife.

85 Em 1927, totalmente pela fé, o casal de missionários-pioneiros Sara-Daniel Berg e seu bandolim, muda-se para São Paulo. Sara confeccionava docinhos enquanto Daniel os vendia na rua. Foi a forma encontrada para a sobrevivência do casal.

86 15 de novembro de 1927, início da AD na capital paulista, com a cooperação do casal de missionários Linnea-Simon Lundgren, provenientes de Santos (SP). Saudoso missionário Simon, deixou uma linda história de sua atividade ministerial no país. Atualmente seu filho, pastor ‘João’ Lundgren figura como o único filho de missionário-pioneiro a presidir igreja. Ele é líder da AD em Caxias do Sul (RS) e tem como vice, o seu genro, o carismático amigo-pastor, Daniel Regis Cavalcante.

87 No dia 4 de março de 1928, três pessoas são batizadas na águas em São Paulo e no mês de abril, a matriz da AD paulista passou para a Avenida Celso Garcia, 1.209. Início da CGADB

88 Nos dias 17 e 18 de fevereiro de 1929, dá-se início à Convenção Geral das Assembleias de Deus com uma reunião preliminar em Natal, no Rio Grande do Norte.

89 De 5 a 10 setembro de 1930, em Natal (RN) ocorre a primeira Convenção Geral das Assembleias de Deus e a transmissão da liderança das ADs no Brasil, dos missionários suecos para os obreiros brasileiros.

90 Ainda em Natal, em 1930, a Convenção Geral decide pela paralisação dos jornais Boa Semente e Som Alegre, que circulavam no Pará e no Rio de Janeiro, respectivamente. Passa a circular como órgão oficial o jornal tablóide Mensageiro da Paz.

91 Junho de 1931, Gunnar Vingren lança no Rio, o hinário Saltério (Psaltério) Pentecostal, com 220 hinos. 

92 Em 1932 ocorre a primeiro dissidência com a formação da Igreja de Cristo no Brasil, que no início teve o nome de Assembleia de Cristo no Brasil, nome mantido até 1937. Eles tinham hinos com ritmo próprio do Nordeste e um dos principais motivos da separação foi sobre interpretação do batismo no Espírito Santo.

93 Dia 15 de agosto 1932, Gunnar Vingren e família despedem-se da igreja no Rio de Janeiro e do Brasil e voltam à Suécia. A obra de suas mãos já estava completada.

94 No dia 29 de junho 1933, 22 anos após o início das Assembleias de Deus no Brasil e no mesmo mês, já doente e bastante debilitado, o pioneiro Gunnar Vingren, fora chamado à Glória, quando já estava na Suécia.

95 No ano de 1937 ocorrem os primeiros passos para a organização da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).

96 Em março de 1940, o Governo Getúlio Vargas exige que todos os órgãos de imprensa sejam registrados. Com a necessidade de registro o jornal Mensageiro da Paz, passou a constituir-se pessoa física e daí nasce a Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

97 Ano de 1946: A CPAD passa a pertencer à Convenção Geral e dá-se início a campanha para aquisição de uma propriedade para a gráfica do Mensageiro da Paz. O jornal inicialmente fora registrado em nome do pastor Silvio Brito, irmão de Zélia de Brito Macalão, esposa do pastor Paulo Leivas Macalão. Leivas era filho do general João Maria Macalão.

98 Em 1956 foi lançada A Seara, primeira revista evangélica do Brasil, idealizada pelos pastores Augusto Costa, que foi chefe da Gráfica da CPAD e do saudoso literato Joanyr de Oliveira.

99 1958 outubro: O casal de missionários Ruth Dorris-João Kolenda Lemos fundam o Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (Ibad), em Pindamonhangaba (SP).

100 Em 1963, Daniel Berg foi hospitalizado na Suécia e, mesmo no hospital, permanecia a evangelizar por meio da distribuição de folhetos e oração. A enfermeira tentou inutilmente impedi-lo, mas acabou desistindo e permitindo sua atuação, pois se sentia melhor com isso. Por fim, partiu para a Glória 1963, aos 79 anos de idade.

Tivemos há pouco na mídia, a reverberação da declaração da mulher de Lula, a socióloga Rosângela ‘Janja’ Lula da Silva, sobre sua religião. Tais questionamentos tornaram-se polêmicos por estarem atreladas a uma figura pública e, portanto, ordinários.

Tudo isso acabou desdobrando-se em outra indagação não esclarecida: Qual seria essa religião? Nem ela e tampouco a mídia deixou isso claro. Por quê?!

No que diz respeito ao dito constrangimento sofrido, sua própria opinião cristaliza a autenticação do mesmo ou ela não se mostraria desconfortável. Também não se teria o cuidado de ocultar o segmento religioso seguido.

CRISTÃOS SEMPRE PERSEGUIDOS

Distantes da definição sociológica ou de domínio público, os seguidores de Cristo, taxados de cristãos, pela primeira vez em Atos 11.26, de crentes (em Cristo), foram

denominados pejorativamente protestantes. Isto, entretanto, retrata a grandeza da bravura de Fé cristã.

Na França foram chamados de huguenotes, discriminativo a cristãos (protestantes calvinistas) e, depois, no Brasil, aos mesmos presbiterianos, na perseguição, por volta de 1555.

AINDA HOJE!

Atualmente a perseguição a seguidores de Cristo se registra à mostra de todos, com discriminação, tratamento desdenhado, até ignorados pela mídia, e de forma aviltante! É praticamente um verbete do Manual de Redação no domínio mental de cada ‘jornalista’, se é que podemos denominar esse profissional como tal, por ausência de imparcialidade.

Enquanto isso, seu progresso, sem que o detalhamento seja necessário, por sua influência social construtiva da ‘religião dos livros’ a precede. Vão desde a valorização do ensino, a outros atrelados e próprios, como a assistência social.

JUDEUS MARRANOS

Ainda no século 15, durante perseguição semelhante, os judeus na Espanha e Portugal foram denominados ‘marranos’ (porcos).

No caso dos cristãos, estes não se sentiram diminuídos, mas triunfantes e proclamados “bem-aventurados” ao passarem por tais situações (Mt 5.10; 10.22; 1Pd 3.14).

Em ambos os casos, não houve motivação para tal, senão simplesmente pela tentativa de cerceamento e intolerância. E note que são dois grupos de admiráveis exemplos de notabilidade de práticas de progressos, com ênfase ao conhecimento e ensino.

AS RELIGIÕES AFROS

Todos têm a liberdade sagrada, o livre arbítrio, para a tomada de decisão, qualquer que seja ela, sem ignorar que toda ação provoca reação, seja ela boa ou má, sabida de antemão ou não.

Essa liberdade humana, denominada democracia, longe dos discursos ideológicos, em geral hipócritas, faz parte da conquista humana em oposição a todo tipo de tiranias.

JANJA LULA

A mulher de Lula, até por sua posição, deve ser referência dessa liberdade. Como todo e ‘qualquer’ cidadão tem o direito ‘mais que óbvio’ (ululante) de escolher e até expor publicamente sua própria religião ou quaisquer outras escolhas.

Mas por que ela faz referência à orientação de pessoas próximas, que pedem a ela para não expor tal religião, e, após, se diz constrangida?!

“E muitas pessoas disseram para mim: ‘Você precisa apagar aquela foto’. Tem uma foto minha no Instagram com algumas imagens de orixás. Eu não vou apagar. Aquilo também me representa”, disse.

E completa: ‘Ser ligada a uma religião de matriz africana só me dá orgulho’. Ela ainda faz questão de se expor ao lado de imagens de espíritos ou ‘seus’ orixás (foto).

Mesmo assim, tanto ela quanto a mídia, que se deixa transparecer ativista, omite a religião. Não fosse algo constrangedor ela diria o nome da religião, bem como a mídia não se comprometeria em não expor o nome da ramificação específica.

CRISTIANISMO NÃO É FUSÃO DE RELIGIÕES

É importante relembrar que não estamos falando de cristianismo, mas de religiões afros, ditas espíritas. E como alguns tentam fazer ponte entre as duas representações, por meio do sincretismo, o abismo que as separam permanece o mesmo (cf Lucas 16.26).

São simplesmente antagônicas e não se trata de ausência ou não de princípios, propósitos ou por questão de sinceridade, mas de análise ao pé de suas bases doutrinárias.

Ser cristão é se manter distante de justificativas próprias ou da necessidade social de se sentir incluído como tal. Essa forma ‘associativa’ se mantém sob princípios e testemunho de compromisso e vida diferenciada, embora qualquer um tenha o direito de se tornar cristão, conforme João 3.16; Atos 2.38; 2Coríntios 5.17.

OITO OU OITENTA!

Não existe meio termo, crente morno, em cima do muro, nominal, quase, talvez, mais ou menos…, como dito por um padre.

Ele falava sobre posições duvidosas e da necessidade de conversão, o que serve para todos, incluindo-me.

QUAL É A DELA?

Não há como indicar qual seria a religião afro da atual primeira-dama. Mas não é novidade a ninguém, que as religiões de origem africana são divididas em candomblé, umbanda, quimbanda, macumba, xangô, jurema, feiticismo, vodu (de vodum, os espíritos cultuados), dentre outros segmentos menos conhecidos, mas semelhantes.

No candomblé, por exemplo, os espíritos denominados orixás, segundo a Bíblia demônios, “são deuses supremos. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para incorporar no ato do nascimento…”.

A umbanda também atua com orixás por meio de mediunidade. Essas religiões têm como espírito superior ou mestre Exu. É formada pelo sincretismo entre cultos afros, espiritismo e catolicismo romano, que mescla santos católicos a seus espíritos (orixás). Fonte https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/sincretismo-e-religioes-afro-brasileiras.

‘O ESPÍRITO QUE FICOU NA TERRA!’

“Para o cristão, Exu é o demônio pela crença de que há um bem e um mal. Mas, para um afro-brasileiro, Exu não é o demônio” (https://www.edusp.com.br/mais/exu-um-deus-afro/). “O cemitério também é morada de Exus, Pombas-giras e pretos velhos, entidades cultuadas pela Umbanda” (Andrade Junior, L. (2021). Exus, Pomba-giras e pretos velhos: o cemitério como espaço sagrado de pertencimento. Diálogos, 25(3), 8-37. https://doi.org/10.4025/dialogos.v25i3.60531).

“Os filhos de exu têm caráter ambivalente, são ao mesmo tempo boas e más com uma ligeira inclinação para a maldade, o desatino, a obscenidade, a depravação e a corrupção”.

”(…) As cogitações intelectuais  enganadoras e as intrigas políticas lhes garantem um grande sucesso na vida” (https://cabocla-jurema.webnode.com.br/sobre-a-umbanda/orixas/exu/?

Exu é a figura do Diabo, especificamente na Jurema ou Catimbó, Xangô e Umbanda, e “não existem fronteiras nítidas” entre essas três vertentes. “É por isso que a gente tem que acender uma vela para o diabo. Sim, minha gente, a gente tem de agradar a Exu para ser feliz”.

(https://www.redalyc.org/journal/2433/243364810018/html/).

Exu é ainda o senhor do sexo ou pomba-gira, identificado como mulher, companheira (não esposa), “da sexualidade sem freios e amoral” (Bastide, 1978). Coincidência ou não, 13 de junho é seu dia comemorativo, e suas cores é preto e vermelho.

SEUS CULTOS

Ao som de tambores (atabaques), essas religiões atuam por meio de despachos em encruzilhadas e cachoeiras, e fazem oferendas nas praias e mares a Iemanjá, deusa ligada, por suas origens, ao culto da fertilidade, atrelada ao prazer sexual. A divindade semelhante mais difundida é Afrodite, deusa grega do prazer (sexual), da beleza, do desejo, da sedução, e demais formas representativas de acordo com cada cultura. Iemanjá é considerada a ‘Afrodite brasileira’, também cultuada por marítimos.

SACRIFÍCIOS

“No Brasil a religiosidade de origem africana também aceita rituais com animais em oferendas aos Orixás”. Gilberto Pinheiro afirma ainda que “Curiosamente a Umbanda Esotérica não pratica tal crueldade”, mas seria a exceção em “quase todos os terreiros de Candomblé e Quimbanda que praticam tais rituais” (Sacrifício de animais em rituais religiosos – da antiguidade aos dias atuais – jornalista Gilberto Pinheiro).

OFERTÓRIO RICO EM SANGUE

Segundo a Superinteressante, “O candomblé abate bichos de diferentes portes em rituais. A umbanda não aceita a prática, mas ainda assim alguns terreiros a fazem”.

Outra parte do texto, que trata sobre a umbanda, registra o seguinte: “Mas existem muitos terreiros que, influenciados por outras religiões de origem africana, oferecem galinhas ou bodes para fortalecer entidades, em especial exus e pombagiras”.

A abertura da matéria, Tiago Cordeiro acaba sendo meio tétrico e parece retratar um banquete bárbaro…

“Usando uma faca, o sacerdote abre a garganta do animal. Na sequência, degola o bicho, que ainda se debate. Algumas partes específicas, como o coração e os genitais, são colocadas sobre um alguidar – uma bacia de barro. Esses pedaços serão oferecidos para o orixá que vai “comer”. O sangue é recolhido e utilizado para sacramentar imagens e instrumentos utilizados no terreiro. Todo o restante do corpo é aproveitado. O couro será usado para fazer atabaques. A carne vira churrasco: os terreiros fazem grandes almoços para os filhos de santo e os visitantes” (https://super.abril.com.br/sociedade/os-sacrificios-de-animais-nas-religioes-afrobrasileiras/amp/).

DISTINÇÕES

Nenhum desses cultos tem qualquer ligação ou respaldo bíblico-cristão, pois os discípulos foram ensinados a expulsarem espíritos de toda e qualquer pessoa possuída ou endemoniada, às vezes chamados de ‘casta de demônios’ (Mt 17.21).

Jesus expulsou os espíritos em Gadara, e ensinou sobre a não ligação entre o mundo humano e o dos mortos, especialmente nas questões relacionadas ao fato do impedimento de se voltar dos mortos, no caso que envolveu O Rico e Lázaro (Lc 8.26-56; 16.19-41).

BUSCAS PROIBIDAS

No Velho Testamento o povo foi exortado pelo próprio Deus a não consultar médiuns. “Não recorram aos médiuns nem bus­quem a quem consulta espíritos, pois vocês serão contamina­dos por eles. Eu sou o SENHOR, Deus de vo­cês”, Lv 19.31. A proibição se estende sobre todas as ramificações espíritas: feitiçaria, mediunidade, consulta a espíritos e a mortos, presságios, adivinhação (Dt 18.9-12).

Quando visitei África, para cobertura jornalística, usei ainda o tempo para verificar a veracidade das manifestações de tais espíritos, e entrevistei pessoas que foram vítimas de terríveis possessões.

Ainda fiz matéria jornalística no interior de São Paulo, sobre cirurgia espírita. Também frequentei centro espírita, já registrei alguns embates espirituais dentro do assunto, e estudei sobre o espiritismo, em suas diferentes vertentes.

REAFIRMAÇÃO NO EVANGELHO

Na Nova Aliança, o SENHOR Jesus e depois os apóstolos validam a mesma doutrina da Aliança Judaica. Em certa ocasião, expulsam um espírito de adivinhação (At 16.16-18), pois são formas reprovadas e e todas como provocação a Deus (2Rs 21.6).

Hebreus 9.27 fecha a questão ao afirmar que o pós-morte é o Juízo divino, e que a ordem divina estabelece a morte como única, por somente uma vez.

Ah, não tenho nenhum apreço pelas escolhas de Rosângela ‘Janja’ e Lula, por seus ideários, progressismo, e toda ideologia da esquerda e seus objetivos. Entretanto, humildemente, de forma espontânea e com amor, seja qual for suas convicções a respeito, não deixei passar a oportunidade de interceder pelos dois.

Mesquita, Antônio é jornalista, teólogo, escritor e ministro do Evangelho.

Quem e por que diz que a Bíblia pode ter sido mudada?

Não podemos dar uma versão nova para fatos eternos” (Escritor judeu).

Fiquei perplexo com tamanha desfaçatez do famoso teólogo Bart D. Ehrman, nomeado “Maior autoridade em Bíblia do mundo”, após a leitura do seu livro O que Jesus Disse? O que Jesus não disse?: quem mudou a Bíblia e por quê?¹. Dono de uma ficha invejável: “Ph D em Teologia, pela Princeton University e dirige o Departamento de Estudos Religiosos da University Of Nort Carolina, Chapel Hill, especialista em Novo Testamento, igreja primitiva, ortodoxia e heresia, manuscritos antigos e na vida de Jesus”, Barth abusa das possibilidades e sob tom condicional, parte da inversão de visão do que é direito para forçar a interpretação inversa.

Ao abandonar a fé cristã e tornar-se declaradamente agnóstico, nesse livro ele pratica um verdadeiro malabarismo para fundamentar suas teses e tentar, a qualquer custo, desmerecer a autenticidade bíblica. Foi então que reuni provas dentro de seu próprio escrito para refutar suas ideias notadamente esdrúxulas.

Seus escritos deixaram às claras o forte desejo de provar o improvável, das probabilidades que se discute nos dias atuais, com a nítida busca pelo sucesso, a partir da revelação do novo. Em um mundo de tendência ateísta não haveria outro caminho melhor de aceitação, senão o de tentar levar a crer que as Escrituras Sagradas (dos judeus) e a Bíblia (dos cristãos), Antigo e Novo Tratamentos, a Bíblia Sagrada não passa de uma farsa.

Muitos já tentaram isso e não é de hoje que homens se levantam com o mesmo propósito. Houve épocas, que pilhas de Bíblias aqueciam labaredas de fogo, numa forte investida para a destruição das Sagradas Letras. A estratégia atual mudou de rumo, mas o objetivo ainda continua sendo o mesmo. Pior: agora a tentativa é a de fazer desacreditar na sua inspiração, pois, a partir daí, não haverá mais valor algum, não mais que folclore, como querem.

Há um esforço descomunal e vigoroso, mas não menos parcial, de desacreditar o texto sagrado, mas nenhum livro na História humana atravessou séculos sem sequer ser alterado, sempre evidenciado em todas as sociedades, como as Sagradas Letras. Isso intriga muita gente, em especial aqueles que procuram “chifre na cabeça de cavalo”, como dizia minha saudosa e querida mãe. Não vão encontrar, senão pelas falácias da teoria (não mais que teoria) da evolução.Essa tentativa busca algo semelhante às teorias evolucionistas, com o intuito de lançar descrédito e vigorar os ataques ao cristianismo.

Argumentos agnósticos

Segundo Bart, após seus primeiros estudos e envolvimento aos círculos eruditos, os primeiros passos foram os questionamentos de suas próprias convicções que “tem de ser revistas à luz do conhecimento acumulado e da experiência de vida”.

Seu primeiro questionamento, a partir do momento em que seus “estudos começaram a” transformá-lo, ele escolhera a “passagem de Marcos 2, quando Jesus é confrontado pelos fariseus porque seus discípulos, ao atravessar um campo de trigo, comeram grãos no Sábado”. Jesus passa então a mostrar aos fariseus o fato semelhante ocorrido entre Davi e seus homens, quando entram no Templo “quando Abiatar era o sumo sacerdote’ e comeram o pão da proposição, que só os sacerdotes podiam comer”. 

Bart continua a afirmar sobre um de seus primeiros trabalhos e base de outros questionamentos, afirmando que Jesus citara 1Samuel 21.1,6, onde “vê-se que Davi não fez nada disso quando Abiatar era o sumo sacerdote, mas, de fato, quando o pai de Abiatar, Ahimelec, o era. Em outras palavras, essa é uma daquelas passagens destacadas para demonstrar que a Bíblia não é infalível; ela contém erros”, afirma o famoso teólogo e escritor.

Porém, esse argumento de Bart, base para dar o suporte ao início de seu agnosticismo, atropela a cultura de época, introduzida ao texto bíblico, quando um nome ou data é alternado por outro – do pai pelo filho, por exemplo, sem absolutamente nenhum prejuízo à ideia principal. A pretensa “falha” também é gritante e pode ser detectada no primeiro esforço de busca pelo sentido da mensagem.

Conforme Bart, a afirmação do Senhor Jesus, conforme Marcos 2.3-28, destoa do texto referência no Antigo Testamento (1Sm 21.1-6), “quando Abiatar era o sumo sacerdote”, porque o sumo sacerdote em exercício era o pai de Abiatar, Aimeleque.

Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que o foco principal do texto não está atento aos fatos narrados, mas sim ao ensino de Jesus, que Bart enuncia: “Jesus quer mostrar aos fariseus que ‘o Sábado foi feito para os humanos, não os humanos para o Sábado”’.

Mesmo assim Bart tenta usar este fato para desacreditar a Bíblia, porém, conforme comentário de rodapé da Bíblia de Genebra² “… foi Aimeleque, pai de Abiatar, que deu a Davi o pão consagrado. Contudo, Abiatar certamente estava vivo e, talvez, presente quando ocorreu o incidente referido. Portanto, ‘no tempo do sumo sacerdote Abiatar’ é frase rigorosamente certa. É provável que Jesus tenha referido a Abiatar porque ele era bem conhecido como um dos defensores de Davi” (o grifo é nosso).

Fatos semelhantes ocorrem com relação a datas e nomes, conforme a questão que tomo envolvendo os reis Roboão e Zedequias. A época do reino dividido de Judá é de 345 anos (931-586), e neste período, os reis de Roboão e Zedequias governaram 382 anos?

Neste caso a dúvida se prende à questão da continuidade dos reinos. Na maioria dos casos, o reinado passava de pai para filho. Acontecia também que filhos passavam a governar paralelamente ao pai, isto é, governavam, mas o pai ainda continuava no trono. Então um entrava na contagem do outro.

Exemplo: O pai poderia estar no ano 30 de seu reinado e o filho no 3 (por ter iniciado três anos antes). Quando o pai morria, o filho passava a contar, não a partir da morte do pai, mas desde quando começara a governador com o pai (ao lado do pai). Se o pai morresse no ano 35, por exemplo, o filho já estaria no ano 38. 

Se é possível complicar, para que simplificar?

Embora reconheça a importância das cartas bíblicas, quando diz: “De fato, havia um espectro extraordinariamente amplo de literatura sendo produzido, disseminado, lido e seguido pelos primeiros cristãos, algo bem distinto de tudo o que o mundo romano pagão havia visto até então” e ainda: “Afirmo que as cartas eram muito importantes para a vida das primeiras comunidades cristãs. Elas eram documentos escritos que orientavam tais comunidades tanto em sua fé como em sua prática”, Bart usa suas próprias informações para lançar o descrédito a partir de suas insinuações, mas, se as cartas são documentos importantes e imprescindíveis à Igreja, por que deixariam que as mesmas fossem tão alteradas como ele tenta mostrar? 

Condições sociais dos cristãos

Um de seus argumentos tenta desmerecer a condição sócio-econômica dos primeiros crentes. Fato interessante que sua crítica textual não leva em conta é que “Os cristãos da Ásia Menor e da Europa preocupavam-se em ser bons cidadãos do Império romano, governo que fora tratado como intruso por muitos dos contemporâneos de Jesus na Palestina. Muitos cristãos da nova geração não eram pobres, mas abastados, mais urbanos que rurais”.³

Outro fato que diz respeito à prosperidade dos cristãos, está na intenção de Lucas levar aos seus leitores, que detém vida de classe média e urbana, com ênfase à cidadania romana de Paulo e a honrosa conduta como cidadão, por seus direitos (At 16.37-40; 22, 26; 18.14-16) e Jesus como cumpridor de seus deveres (Lc 20.25; 23.2).

Lucas fala ainda dos ricos e pobres, ligação dos cristãos com os bens temporais, o que deve ser empregado com o semelhante, e relações pessoais (12.13-43; 14.25-33; 18.22; 14.26). Por outro lado, Lucas fala de si mesmo e identifica-se aos seus leitores e admite não ser testemunha ocular dos fatos narrados, concernentes à vida de Jesus. Na mesma época, a história da Igreja circulava por todo o império por meio de escritos, por ensinadores das doutrinas cristãs em comunidades evangélicas e também por meio de pregadores.

Atos, o endereçamento a Teófilo, que indica ser um líder da época, ainda rico e em condições de fazer cópias do livro e distribuir entre os membros das comunidades cristãs. Embora não houvesse a intenção de reproduzir o texto para os demais, como uma proliferação dos escritos para leitura individual, pois o que se fazia era a leitura nos cultos para os demais, não nos parece viável que um homem com capacidades socioeconômicas avantajadas tenha dificuldade de distribuir cópias legítimas e fiéis aos originais, como “editor” tanto de Atos quando de Lucas. O estilo de Atos, com estilo helenístico, recebe ainda elogios comparáveis aos melhores escritos bíblicos, conforme Josefo, Dionísio de Halicarnasso, conforme William S. Kurtz. ³

Inspiração e fé

Uma das razões que intrigam os críticos – talvez a principal – e que os distanciam de crer na inspiração, levando-os a criar obstáculos para desacreditar a Palavra, como obra inspirada do próprio Deus, por meio da ação do Espírito Santo no homem, são os inúmeros de milagres. A ação sem lógica e explicação humana os deixa intrigados. Como verdadeiros homens e céticos têm suas dúvidas ampliadas e jamais respondidas, pois muitos fatos sobrenaturais e compreendidos somente pela fé, conforme Hebreus (…) e que a razão jamais alcançará.

Todo esse efeito cético constitui atualmente ênfase entre o homem pós-moderno, que recebe forte influência da Filosofia das luzes, movimento filosófico do século 18, com base na confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento (Iluminismo).

Será mesmo que a Bíblia não trata de temas atuais?

Bart ainda não consegue enxergar na Bíblia tratados sobre temas atuais, quando diz: “E se a Bíblia não der uma resposta a toda prova para as questões dos tempos modernos – aborto, direitos das mulheres, direito dos homossexuais, supremacia religiosa, democracia ocidental”. Ora, o que Davi fala de ser conhecido pelo Senhor ainda informe, em Salmos, dentre inúmeros outros textos, como da Lei de Moisés, que trata diretamente do assunto, bem como da questão homossexual, além de Romanos 1. 

As conquistas das mulheres tiveram como base da doutrina cristã. O Dia das Mães fora estabelecido pela igreja cristã nos EUA e o mesmo ocorreu com relação à questão dos direitos das mulheres no trabalho, com a greve para a diminuição da carga-horário, além da licença-maternidade e outras conquistas ocidentais, com base na doutrina cristã, portanto, não vistas no oriente, como o direito de descanso no primeiro dia da semana – o domingo. 

Paulo sempre citara suas cooperadoras em seus textos, Jacó, ainda no VT ouve suas esposas antes de tomar a decisão de sair do domínio do próprio sogro, e Paulo exorta a que os maridos amem suas esposas como se a si mesmos (Ef 5.25-33).

Quanto ao domínio religioso Noé profetizara no capítulo 9.25-27 de Gênesis, o que vemos hoje não só na questão do Ocidente, mas também das religiões, ao falar dos desígnios de seus três filhos, retratando a supremacia religiosa dos semitas (origem das três maiores religiões do mundo), de Jafé, com seus descendentes os indo-europeus, a supremacia sócio-econômica, dentre outras tantas relações bíblicas com a História e a própria atualidade.   

Mito da Caverna

Se a Bíblia fora tão amplamente alterada, como tenta afirmar o teólogo Bart, e que o teria levado a descrer nos escritos sagrados, por que o mesmo não ocorre hoje, quando se tem tantos meios para isso, ao contrário da época em questão?

Atualmente existem inúmeros outros elementos que servem de alavanca para as possíveis e desejadas transformações. Estes meios seriam sem limites, a comparar com os existentes nos tempos primórdios do cristianismo. Leve-se em conta as proporções e intensidade de interesse, quanto a tudo o que diz respeito à proteção e preservação do texto sagrado.

Bart adentra o Mito da Caverna de costas, pois parece-me que jamais quis pôr somente o nariz e depois entrar de costas, para introduzir-se aos poucos, porque essa jamais foi a sua preocupação, conforme analogia de sua própria construção cristã, que não passara de retórica. Embora se diz de raízes cristãs, Bart afirma que sua mãe lia a Bíblia em família certificando-se “de que suas histórias e ensinamentos éticos fossem bem entendidos por nós (sem se prender muito às suas ‘doutrinas’).”.

Ehrmam tenta claramente interpretar fatos da História sob a perspectiva de sua tese, sem ser, sequer, um minuto imparcial. Até mesmo os comentários que daria o start para outro olhar, são usados para a satisfação unilateral. Existem muitas verdades históricas descritas no livro, algumas boas de serem usadas; até mesmo as que ele usa com veemência contra a fé cristã, se usadas no sentido da indicação do texto (ao contrário), são igualmente ótimas. 

Com racionalidade tomo então seus próprios argumentos para rebater suas críticas. O oportuno comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal sobre o assunto, diz: “João termina o livro do Apocalipse com uma advertência sobre a possibilidade de perdermos nossa parte na árvore da vida e na cidade santa. Evitemos uma atitude descuidada para com este livro, ou qualquer parte das Sagradas Escrituras. Outra atitude a evitar é a de optarmos por crer somente em determinadas partes da revelação de Deus e rejeitarmos outras partes que não gostarmos (v19), ou o caso de ensinar nossas próprias ideias como se estas fossem a própria Palavra de Deus (v18). Como ocorreu no princípio da raça (sic) humana na terra, deixar de cumprir plenamente a Palavra de Deus é questão de vida e morte (ver Gn 3.3-4)”. 

Desde o Éden, Satanás manifesta-se contra tudo o que chama Deus ou se adora (2Ts 24). “E não terá respeito aos deuses de seu pai” (Dn 11.37). Satã no hebraico (demônio) tem a raiz no verbo impedir, bloquear. Na tradição judaica Satã é o “outro lado”, explica Nilton Bonder (O holismo rabínico).

Superficialidade cristã

Existem algumas máximas cristãs que apontam para a vida superficial que, por sua ausência, facilmente transformam tal superficialidade em espuma jogada às margens, para depois se dissolver e virar fumaça. A Palavra alerta para o perigo de uma vida cristã superficial e sem engajamento espiritual: “Não havendo sinais (profecia) o povo se corrompe”, e o apóstolo Paulo diz: “… o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza…” (1Ts 1.5). Esse mesmo equipamento necessário e permanente na vida do crente foi predito pelo profeta Joel: “E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça… E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”, 3.30-32. 

Assim a evidência de sinais de prodígios e operação de maravilhas acompanhavam a pregação dos discípulos (Mc 16.17), desde o “Ide” pela Grande Comissão a Igreja: “E disse-lhe: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado… Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!”, Mc 16.15-16,19-20.

E já na introdução do seu livro percebe-se uma das causas de sua pétrea defesa da pretensa obscuridade bíblica. “Nasci e cresci em um tempo e lugar conservadores – a área central dos Estados Unido da América, em meados da década de 1950. Minha criação nada teve de extraordinário. Éramos uma família normal, de cinco membros que iam à igreja sem ser especialmente religiosos. Começando pelo ano em que seu estava na 5ª série, estávamos envolvidos com a igreja episcopal em Lawrence, Arkansas…”.

Uma das travessuras de Bart, “já no ensino médio”, junto ao filho do pastor de sua igreja, envolvia charutos. Hoje ele se junta ao grupo de teólogos que discutiam Teologia batendo seus cachimbos à mesa, na Idade Média. 

Embora sua igreja fosse “socialmente respeitável e socialmente responsável” “… a Bíblia não era abertamente ressaltada”. Ele diz ainda: “Nós realmente não falávamos muito sobre a Bíblia, nem a líamos muito”.

Das informações que vão dar base para a análise de credibilidade e reconhecimento do ponto de vista de independência ou não de sua tese, com conteúdo ou não de possíveis desvios, a partir da formação de seu caráter, e que, portanto, forneceria elementos de influência em opinião futura (visto tratar-se de uma questão religiosa), temos ainda o seguinte: “Lembro-me que sentia uma espécie de vazio interior, que nada parecia capaz de preencher, que não saía muito com meus amigos (nós já tínhamos começado a beber socialmente nas festas), que namorava (começava a entrar no mysterium tremendum do mundo do sexo), que estudava (eu dava duro e tirava boas notas, mas não era nenhum crânio), que trabalhava (eu era vendedor porta a porta de uma firma que comercializava produtos para venezianas)… (…). Eu sempre achava que faltava algo”.  

O que ainda fundamenta o distanciamento da fé cristã, para deixar claro o primeiro ponto, foi a influência de Princeton. O ex-seminário presbiteriano tem história semelhante a do congênere Harvard, fundado pelo pastor John Harvard – o de formar obreiros. Ao contrário disso, embora ainda neles resistem os referenciais cristãos, os dois centros passaram a figurar como formadores de agnósticos, ateístas, materialistas e humanistas.

De tudo o que temos na exposição da incredulidade do teólogo Bart, ressalta aos olhos a exposição espetacular – própria do homem pós-moderno – de suas revelações, que acaba por desvendar as premissas, que, consequentemente, indicam causas e efeitos.

“E uma vez mais, meus amigos evangélicos me avisaram que eu não deveria ir para o Seminário de Princeton, porque, segundo me disseram, eu teria dificuldade em encontrar cristãos ‘verdadeiros’ lá. Afinal de contas, Princeton era um seminário presbiteriano, um solo não exatamente fértil para cristãos ‘renascidos’. Contudo, meus estudos de literatura inglesa, filosofia e história – para não falar do grego – tinham ampliado significativamente meus horizontes. Eu estava apaixonado pelo conhecimento, em todos os seus campos, sacro ou secular. Se aprender a ‘verdade’ significasse não mais me identificar com os cristãos renascidos que eu conhecera no ensino fundamental, que assim fosse. Meu interesse era avançar em minha busca da verdade, onde quer que ela me levasse, na confiança de que toda verdade que eu aprendesse não era menos verdade por ser inesperada ou impossível de enquadrar nos pequenos escaninhos fornecidos por minha experiência evangélica”.

O desequilíbrio, mola propulsora para o registro de extremos, é notório

Como disse meu velho e saudoso pastor, certa feita, ao tecer comentários sobre um colega de seminário, após demonstrar significativas mudanças, protagonizadas pela assimilação da filosofia da Teologia da Libertação: 

           – Ele cresceu na letra e caiu no Espírito!

É sempre bom observar as considerações de pessoas que estão do lado de fora daquilo que ocorre conosco. Dizem que as tais enxergam melhor e, por não estarem envolvidas emocionalmente com o fato, caso, ocorrência, situação ou circunstância, têm melhores juízos que nós mesmos. E é o que notaram os amigos de Bart. Eles já previam o que deveria ocorrer com aquele novel teólogo. Com certeza seus comentários diziam respeito à análise do caráter daquele jovem, talvez pela superficialidade de sua crença e de suas deficiências estruturais de fé, conforme ele mesmo aponta, em sua época do Seminário Moddy (Moddy Bible Institute): “Acho que eu o encarava como uma espécie de acampamento cristão militarizado”. Essa idéia mostra-se débil, desencontrada, e mítica, totalmente destoada da realidade da fé cristã. Ela indica ainda o arquétipo de um futuro de desconstrução, próprio dos que foram impactados pelo Iluminismo, por suas bases inseguras e instáveis. 

Erros e erros

Como o grande descobridor Bart toma Orígenes que teria falado “do ‘grande’ número de diferenças entre os manuscritos dos Evangelhos; mais de cem anos depois, o papa Dâmaso estava tão preocupado com as variedades dos manuscritos latinos que encarregou Jerônimo de produzir uma tradução-padrão; e o próprio Jerônimo teve de comparar numerosas cópias do texto, em latim e grego, para decidir qual texto ele pensava ter sido originalmente redigido pelos autores”.

Temos alguns erros que não dizem respeito à revelação e isso fica claro à medida que acaba sendo corrigidos, sem, contudo, alterar o sentido da mensagem ou desmerecer a própria inspiração. Citamos o caso de 2Samuel 15.7, que lança a dúvida entre 40 e 4 anos: “E aconteceu, pois, ao cabo de quarenta anos, que Absalão disse ao rei: Deixa-me ir pagar em Hebrom o meu voto que votei ao Senhor” (2Sm 15.7).

Algumas versões grafam 40 anos e outras 4 anos. Qual é a correta?

A explicação diz respeito aos manuscritos disponíveis à época de Almeida (século 17). Alguns poucos manuscritos (cópias datadas dos séculos 11, 12 e 14) trazem “quarenta”. Já a maioria dos manuscritos do Antigo Testamento (datados dos séculos 2 a 9) trazem “quatro”. A Revista e Corrigida (RC) baseia-se nos manuscritos disponíveis ao tempo de Almeida; a RA e a NTLH, em manuscritos mais antigos e melhor conservados.4

Revelação a Paulo

Quanto à Revelação do Senhor a Paulo parece que há controvérsia nos registros apresentados em Atos 9, 22 e 26: 

“…indo, então, a Damasco… ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim a aos que iam comigo. E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 12-15).

As dúvidas dizem respeito à participação dos companheiros de Saulo na questão da cegueira, a voz e respectiva mensagem: Eles teriam também caído, também ficaram cegos, ouviram também a voz? A idéia que se tem é que as três passagens em Atos destoam.

Enquanto ia pela estrada de Damasco, por volta do meio-dia, quando o Sol está no seu mais intenso brilho, Paulo viu uma luz do Céu mais radiante que o brilho do Sol. Brilhava ao redor dele e de seus companheiros (At 26.13) “(…) Paulo e seus companheiros foram subjugados pela luz milagrosa e caíram ao chão. Nada é dito sobre os companheiros caindo ao chão em Atos 9.4 e 22.7, nem Paulo diz qualquer coisa aqui sobre de ter ficado cego”. 3

Até aí não há nada contraditório, pois a narração repetida de um fato pode variar de acordo com as circunstâncias. Devemos considerar os objetivos de Paulo e o endereçamento de suas afirmações. É importante notar o seguinte:

1) No primeiro caso, em Atos 9, o livro narra o acontecimento. 

2) Em Atos 22, Paulo fala aos judeus e usa a visão para persuadi-los sobre a realidade do Messias, e, por fim, 

3) em Atos 26, ele anuncia a visão ao rei Agripa.

Às vezes, Paulo fala somente dele – destaca a sua pessoa – e não inclui na história os demais que estavam com ele. Isso é válido, pois o evento diz respeito a ele, tão somente. 

Em Atos 9 ocorre a revelação do Senhor a Saulo; em Atos 22 temos o discurso aos judeus; e em Atos 26, Paulo está perante o rei Agripa.

Aparentes divergências

Atos 9.7 e 22.7 – somente Saulo caiu por terra. 

Atos 26.7 – no discurso a Agripa, Paulo fala que todos caíram. 

Atos 9.7 – todos ficaram mudos, depois de ouvirem a voz, mas sem ver ninguém. 

Atos 22.9 – todos viram a luz, mas não ouviram a voz.

A questão está na divergência da construção gramatical

Atos 9.7 o grego liga-se ao genitivo – “Caso de declinação de certas línguas, que representa, por via de regra, complemento possessivo, limitativo, e algumas vezes circunstancial”.5

Atos 22.9 – tem a ver com o acusativo.

Atos 22.9 – significa ouvir a voz e entender o que se diz, enquanto a outra forma indica ouvir o som da voz, sem entender o que se diz ou o sentido da declaração.

 Carta em resposta

Em 1Coríntios 7 Paulo responde carta aos coríntios, prática comum na época e meio predominante na comunicação. Embora a carta fosse postada pela igreja, sem ter propriamente um remetente em particular, o que seria comum, caso fosse de um intelectual da época, o apóstolo, homem letrado e sábio, um verdadeiro literato, não fez nenhum comentário ao que poderia saltar-lhe aos olhos, quanto a possíveis tropeços gramaticais, ou a menos, pontos mal escritos, dúbios, mal explicados, ruim de entender ou ler etc. 

Mas, ao contrário do que Bart tenta arquitetar para desmerecer o texto bíblico, ao afirmar que as cartas e respectivas cópias eram feitas por homens incapazes, mal letrados, Paulo, em momento algum observa possíveis falhas.

Também para derrubar suas afirmações sobre cartas mal escritas, sem técnicas de construção de texto, é só dar uma olhada em 1Coríntios e perceber que a construção da carta segue uma técnica bastante avançada para a época. O apóstolo constrói uma introdução nos primeiros capítulos, com elogios aos coríntios, até chegar ao momento em que expõe o principal motivo da mesma, e chamar atenção pelas falhas existentes naquela igreja.  

Crítica em cima de 1% de erro sem influência alguma

Em resposta a Bart alguns biblistas e especialistas em História Antiga, falam das inconsequências do autor, quando afirma que os manuscritos nos quais baseamos não são confiáveis. Suas afirmativas são apelativas e Bart não é honesto em suas críticas, mas toma aquilo que lhe interessa e despreza o que está escondido à visão de leigos.

O doutor Paul Meyer, professor de História Antiga da Western Michigan University (EUA) é um dos que discorda de Bart e declara que o próprio tempo e a evolução das descobertas dão-nos uma visão e leitura mais perfeitas de todo o conteúdo bíblico, a partir de novos manuscritos descobertos, sem mudanças substanciais.

Ele analisa, por exemplo, a edição King James, de 1611, que teve como base seis manuscritos. Mas sua edição revisada de 1870 contou com dois mil originais gregos. Além desse crescimento, em termos de elementos que podem confrontar tais oposições, atualmente os estudiosos contam com nada menos que 5.700 peças inteiras ou parciais. São riquezas que podem ser usadas para comparar e chegar ao texto mais perfeito possível, levando em conta a originalidade, segundo doutor Paul, apresentado por John Rabe.

Portanto os críticos textuais utilizam regras mais exigentes e são capazes de chegar mais próximo possível das bases, argumenta o especialista. Ele diz ainda que as 2 mil variações existentes no Novo Testamento afetam somente 1% do seu conteúdo. 

De posse de grande número de manuscritos é possível chegar quase que 100% dos originais e corrigir qualquer erro de tradução que pode ter ocorrido no decorrer da história. Esta informação derruba a força que Bart tenta imprimir em seus argumentos. 

Já o doutor Timothy Paul Jones, do Seminário Batista do Sul dos EUA, também apresentado por Rabe, diz que quando Bart alega que há entre 200 mil e 400 mil variantes entre todos os manuscritos do Novo Testamento deixa a impressão que as somente 138 mil palavras do Novo Testamento são todas erradas. Indica que há muito mais diferenças nos manuscritos do que palavras, e se assim fosse não poderíamos, realmente, confiar no que o Novo Testamento diz. 

Timothy chama a atenção para a desonestidade do famoso teólogo e afirma que Bart não diz que mais de 99% dessas variantes nem mesmo se nota na sua tradução em inglês, pois envolvem somente diferenças de ortografia ou nuances do grego (que se pode detectar facilmente). São erros tão gritantes de tradução que não dariam nem mesmo para ser traduzidos, uma vez que são facilmente perceptíveis e nem mesmo daria para escreva-las novamente, tamanha a notoriedade.

Os outros 1% não tem nenhuma influência nas verdades ensinadas por Jesus no Novo Testamento. As “falhas” apontadas não tocam nem mesmo de longe no conteúdo dos ensinos de Jesus, na historicidade bíblica, nas doutrinas esboçadas no NT e na ortodoxia bíblica. 

O que Bart tenta é forçar as ondas que empurram a espuma para a margem a seguir trajeto contrário, além de ignorar a imensidão do próprio mar e se ater às pequenos blocos de espuma que somem na própria areia, sem jamais ser visto novamente.

Antônio Mesquita é jornalista, graduado em Teologia pelo Ibad; ministro do Evangelho autor dos livros Tira-dúvidas da Língua Portuguesa; Ilustrações para Enriquecer suas Mensagens; Pontos Difíceis de Entender; e Fronteira Final/CPAD; O Mundo das Palavras (Netser); e Manual do Ministério Cristão (Lopes Editora).

Bibliografia

1) O que Jesus Disse? O que Jesus não disse?: quem mudou a Bíblia e por quê?¹/Bart D. Ehrman; tradução Marcos Marcionilo – São Paulo: Prestígio, 2006).

2) Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 1728 p.

3) Comentário Bíblico, Edições Loyola, Vol 3 (Evangelhos e Atos, Cartas, Apocalipse), 3ª edição: setembro de 2001, Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 1999. 

4) Mesquita, Antônio, Pontos Difíceis de Entender/CPAD, 2006.

5) FERREIRA, Ebenézer Soares, Dificuldades Bíblicas e Outros Estudos, da União Brasileira de Escritores – Seção de Campos; Sociedade Brasileira de Romanistas; Academia Evangélica de Letras; The American Schols of Oriental Research – Casa Publicadora Batista (Edição do Autor, Campos , Rio de Janeiro, 1965).

BRUCE,  F.F. Paulo Apóstolo da Graça: Sua vida, Cartas e Teologia. Trad. Hans Udo Fchs.